Saí a procurar-te
Na calada da noite,
Onde as estrelas
Entrecortavam as nuvens,
A alumiar-me o caminho...
Quem és tu,
Que me deixas
Nesta alucinação da despedida?
Fará sulcos, meu pranto,
Nestes olhos abertos de espanto...
Mas... Se tudo passa...
Não podemos transgredir
Essa trapaça que a verdade
Nos impôs, assim, de graça!
Melhor não te tivesse dito...
Ah! minha Insensatez...
Vai-te pra longe!
Não me venhas, outra vez,
Cerrar-me os olhos
Na falsa trama da ilusão...
O mundo é infinito!
Haverá nele outro ser
Que me inflame tal chama?
Não acredito, ele é o "único"
A dizer ao vento que me ama...
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