"23/03/2004 - Site Comunique-se
Os comerciantes de Brasília estão reagindo à aplicação da lei distrital, que proíbe o fumo em recintos fechados. Desde a semana passada, a Vigilância Sanitária vem realizando uma operação de fiscalização em bares e restaurantes, autuando os estabelecimentos que dispõem de áreas para fumantes. Os comerciantes tentam revogar a proibição de fumo em locais que servem comida. O Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do DF (Sindhobar) anunciou que julgará, esta semana, o pedido de liminar coletiva para liberar o cigarro nos 7,2 mil bares, 3,5 mil restaurantes, 98 hotéis e 19 motéis sindicalizados.
“O resultado foi queda do movimento”, reclama o presidente do Sindhobar, César Gonçalves. “Esta proibição vai causar mais desemprego em Brasília”’. Desde a semana passada, os donos de estabelecimentos passaram a receber visitas de inspetores sanitários. Gonçalves alega que entre 5 e 10 mil funcionários de bares, restaurantes, hotéis e motéis podem ser dispensados se a lei continuar em vigor. O setor emprega cerca de 87 mil pessoas.
Além do argumento do desemprego, o Sindhobar acredita que outro ponto pode contribuir para convencer a Justiça. Na segunda-feira, o juiz Walter Muniz de Souza, da 1ªVara de Fazenda Pública, concedeu ao advogado criminalista Temístocles Castro e a outras duas pessoas uma liminar que lhes assegura o direito de fumar em bares e restaurantes.
Eles se enganam. Em Nova Iorque, pensavam que isso fosse ocorrer, mas se deu o contrário:
"Se a Indústria do Tabaco alegava que legislação de espaços de trabalho livres de fumo prejudicaria os negócios, mas os impostos das receitas provam o contrário.
A lei de locais de trabalho livres de fumo da cidade de Nova York entrou em vigor em março, e os negócios estão pipocando. De acordo com a Comissária de Finanças, Martha Stark, “os bares e restaurantes de Nova York pagam à cidade 12% mais em impostos sobre os negócios desde que a lei entrou em vigor, em comparação com o mesmo período de 2002”. Fonte : Smokefree.net”
Eles não percebem que os fumantes não passam de 20% da população. Assim, os lugares livres do tabaco recebem a maioria dos clientes.
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