O nascimento de um verme chamado antonio torre da guia.
Estando desocupado
O Gran Duque Satanás
Pros lados de Portugal
perto da beira do cais
Criou uma coisa ruim
Ele então fez assim
Das fedentinas totais.
Colocou numa caldeira
Cem garrafas de aguardente
Dez mil cobras venenosas
Um velho diabo demente
O despacho de macumba
a raspa da catacumba
E a traição da serpente.
Soda cáustica corrosiva
Sulfato de estriquinina
O couro de dez hienas
Mil quilos de cocaína
toneladas de maldade
ranço de má qualidade
Regou de merda suína.
Rabujo de dez cachorros
Apetite de urubu
O espírito de Caim
Pó de sapo cururu
Um bode preto fedido
Pro bicho nascer fudido
Com uma estaca no cu.
Tudo isso colocado
Numa caldeira a ferver
Tomou a forma de gente
Como diabo quis fazer
A pior peste da terra
Onde todo mal encerra
Estava para nascer.
Seria corno e viado
Além de filho da puta
Um crápula ordinário
Sem caráter, coisa bruta
Uma peste monstruosa
De existência danosa
produto da força oculta.
Satanás achando pouco
Lambuzou como queria
Pôs merda em vez de cérebro
Juntou lodo da coxia
E ao soltá-lo no mundo
Batizou o verme imundo
De antonio torre da guia.