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Cronicas-->Conversa de fim de semana - luiz maia -- 13/07/2007 - 16:59 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Conversa de fim-de-semana
Luiz Maia

Tenho minhas dúvidas se as pessoas sabem decifrar os sentimentos que se
apoderam da gente. Refiro-me às questões afetivas e amorosas. Você nunca
sofreu por amor? Paixão e amor são a mesma coisa? Desejar, ficar apaixonado
por alguém seria uma forma de amor? Eu reconheço que não sei dizer. Quantas
vezes me vi apaixonado sem saber decifrar esse mistério. Na minha infància
eu era apenas uma criança despertando para a sexualidade. Mais velho, já
rapaz e ainda assim inexperiente, cansei de ouvir que eu deveria aprender a
separar paixão de amor para não me machucar adiante. Eu ficava sem entender
direito aquela conversa acadêmica. Quantas vezes escutei conselhos...
Disseram-me que amor, desejo e paixão são sentimentos distintos. Que desejo
carece de imediata resposta, a pronta realização. É puro instinto. Outro me
assegurou que o amor é um sentimento nobre, no entanto nem mais nem menos
importante que o desejo e a paixão. Já passei por tudo isso, e continuo sem
entender corretamente as coisas.

Certamente ninguém deveria ter preocupações com coisas que só a natureza tem
o dom de nos ensinar. O resto não passa de normas de condutas adotadas pelos
homens, sem nenhum valor científico. Sei apenas que aos doze anos eu já me
comprazia ao ver casais de namorados trocando carícias nos portões,
indiferentes à minha presença. Como era prazeroso o fato de imaginar que
podia ser eu no lugar de um algum rapaz que, cheio de dedos, ensaiava
algumas intimidades mais ousadas com sua namorada. Eu sonhava com o dia de
poder deixar minha mão escorrer por baixo daquelas anáguas, tentando
alcançar por entre suas coxas as delícias desta vida. E como eu fantasiava
me imaginando ali e torcia para crescer rapidamente...

Aos treze anos arrisquei escrever minha primeira poesia, uma bobagem assim:
"Te amarei para sempre / Te desejo loucamente / Nas tardes de sol agarro-me
aos teus cabelos / Mergulho em teu mar e beijo teu rosto mansamente / Teus
olhos são o meu descanso / Amo teus seios róseos, tua pele braca cor de
açúcar, tuas coxas e o teu copo nu." Fiz pensando na minha vizinha, uma
menina bonita cujo seios já começavam a despontar. Sentado na areia da praia
eu a olhava tomando seu banho de sol. E adorava apreciar seu andar macio,
displicente, indo em direção ao mar. Eu a achava linda sacudindo o cabelo,
girando a cabeça contemplando o nada. Sem olhar para mim, pegava suas
sandálias e saia de mansinho, deixando-me com a doce ilusão de que um dia
ela poderia ser a minha namorada. Quando criança eu pensava que o amor era
coisa que apenas os adultos entendiam e ficava querendo crescer para
usufruir suas delícias. Mas hoje sei que amar requer um permanente e
exaustivo aprendizado. É um processo sem fim...

Desejo-lhe um prazeroso fim-de-semana !

Luiz Maia
http://geocities.yahoo.com.br/maialuiz/
msn: luiz-maia@hotmail.com
SKIPE - luizmaia1
Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar" e
"Cànticos".
- Edições Bagaço - Recife/PE.

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