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cronicas-->Caçarolas e cocotas -- 17/07/2007 - 00:47 (Beatriz Cruz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caçarolas e cocotas

Parece piada, em família gostamos de lembrar que em casa de tia Maia havia uma panela para a água do café e outra para a água do chá. Não que ela fosse neurótica, longe disto.Acontece que minha tia detestava a bebida preferida por nove entre dez brasileiros. Mas adorava tomar chá. Principalmente os ingleses, de sabores e marcas variadas, daqueles que até há bem pouco tempo não encontrávamos a venda em nosso país. Quando os sobrinhos viajavam, sabiam que presente trazer a ela.
Mas qual a casa brasileira em que não se faz café? E como antigamente era preparado dentro da panela, minha tia achava que esta guardava algum resquício de cheiro.Se a água do chá fosse fervida no mesmo recipiente, certamente sua bebida preferida teria o gosto alterado.Tinha lá suas razões...
Eu também tenho certas manias em relação às caçarolas.Em primeiro lugar, detesto panelas velhas. Podem dizer que nelas é que se faz comida boa, mas não acredito.Aquelas amassadas, então, merecem ir para o lixo.
Sempre andei atrás das novidades. Quando o teflon apareceu, quis experimentar e comprei algumas com o tal revestimento. Mas decepcionei-me, logo empipocaram. Nunca consegui os resultados que a propaganda anunciava: sem usar gordura fritar ovos que não grudassem à frigideira. Deixei-as de lado, voltei a usar as tradicionais. Estas, porém, apresentam um grande inconveniente. Para que fiquem brilhantes, têm que ser "areadas".
Em outra ocasião, comprei panelas de vidro. Bonitas, transparentes, aquecem rapidamente. Mas também merecem cuidados especiais: não podemos tirá-las do fogão e colocá-las diretamente sobre a pia, quebram-se ao contato com a pedra. Depois, foi a vez das esmaltadas por fora. Ultimamente tenho usado umas de ágate, facílimas de se lavar, mas como vieram da China, têm lá seus defeitinhos.
Em viagens pelo interior cruzei com vendedores de panelas de ferro à beira de estradas. Claro que incluí em minha bagagem uma caçarola preta, exata miniatura do caldeirão da bruxa.
Também tive a oportunidade de entrar em lojas parisienses especializadas em apetrechos de cozinha, onde se vê mil tipos de colheres, conchas, escumadeiras e aparelhinhos para bater cremes, descascar batatas, tirar o caroço da azeitona, cortar ovos. Que maravilha! Isso tudo além de panelas lindíssimas, brancas, vermelhas, verdes, com dispositivos para regular a saída do vapor acoplados às tampas. Algumas com o fundo diferente, especiais para fogões elétricos. Outras ainda de cobre reluzente, em vários tamanhos. São chamadas "casseroles" ou "cocottes". A "cocotte-minute" é a panela de pressão e a "cocote en fonte" a versão moderna daquelas de ferro do tempo de nossas avós.
Não comprei nada nesses lugares, tudo custava os olhos da cara. Só Olivier Anquier pode se dar ao luxo de ter essas coisas em sua cozinha televisiva.

Até parece que sou exímia cozinheira, não? Se contar que prefiro outras atividades a pilotar um fogão, ninguém acredita.












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