Preso nos olhos sinceros
Via palavras voando sem alarde
No cabo-de-guerra
Tua arte minha parte
Assim sem máscara
Não mais reconheço
Amor estranho
Junto ao pedestal desvaneço
Sinto o lago escuro
Mergulhado fundo no peito
O ar me falta
Debate-se cada defeito
Crescer rápido
São cabeçadas inevitáveis
Você e o ego se cuidem
Nas brincadeiras amáveis
Solto a bicicleta
Fico na torcida
Enquanto o horizonte te perde
Sinto a alma doída
Achando pedaços
Perdendo outros
Costurando retalhos
O deserto é dos mouros.
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