REFÚGIO
Ainda mexo meu esqueleto
no balanço do pátio
de minha avó.
Claro que só.
Ninguém vem aqui
para brincar comigo.
Não há caminho
e há sempre sol.
Tambem deves ter teus abrigos
cheios de balanços ou canções
dessas que cantam as avós.
Se eras refugiado, talvez não.
Mas sim. A dor do refugio
é cheia de corações que batem
num grande nó.
Alguém deve ter uma avó.
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