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Cartas-->JESUS, UM MESSIAS POUCO CONHECIDO EM SEUS DIAS -- 14/04/2004 - 17:05 (THEKLA - THEOLOGICAL KEY BY LOGICAL ANALYSIS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Alguns religiosos ficam irritados com os dados históricos que apresentamos e acham que queremos negar a existência de Jesus. Mas não é o que fazemos. Acreditamos que ele existiu, embora com dados até menos consistentes do que outros messias da época. O que a história nos revela é que ele não poderia ter feito nada mais extraordinário do que os outros heróis de seu tempo, uma vez que mais se soube desses em seus dias do que dele.

Nosso colega lança o seguinte questionamento:

"Eu pergunto, quem é esse tal de Filão que não quiz escrever sobre Cristo? Ele era obrigado a escrever sobre Cristo? Era interessante o registro para a política de então? E esse tal de Chevitarese, devemos dar algum crédito a um professor que não conhece Flávio Josefo, Tácito, Suetônio e Plínio (o moço)?

Sobre a existência histórica de Jesus, há vários documentos históricos além dos Evangelhos que são também documentos históricos de valor insuperável. Na verdade, não haveria necessidade dos documentos abaixo para aqueles que creem que a Bíblia é a palavra de Deus. Mas, vamos então:

Por exemplo, o historiador judeu Flávio Josefo que viveu ainda no primeiro século (nasceu no ano 37 ou 38 e participou da guerra contra os romanos no ano 70, escreveu em seu livro Antigüidades Judaicas:

"(O sumo sacerdote) Hanan reúne o Sinedrim em conselho judiciário e faz comparecer perante ele o irmão de Jesus cognominado Cristo (Tiago era o nome dele) com alguns outros" (Flavio Josefo, Antiguidades Judaicas, XX, p.1, apud Suma Católica contra os sem Deus, dirigida por Ivan Kologrivof. Ed José Olympio, Rio de Janeiro 1939, p. 254).

E mais adiante, no mesmo livro, escreveu Flávio Josefo:

"Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo), que apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo -- homem. Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos. Foi ele o Messias esperado; e quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira dele o nome de cristãos subsiste ainda em nossos dias". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antigüidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254).

Tácito, historiador romano, também fala de Jesus. "Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e inflingiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflue e acha numerosa clientela" (Tácito, Anais , XV, 44 trad, Gaelzer na Coleção Budé, apud Suma Católica contra os sem Deus p. 256).

Suetônio na Vida dos Doze Césares, publicada nos anos 119-122, diz que o imperador Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos, uma causa de desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio, acrescenta: "Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício" (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, apud Suma Católica contra os sem Deus, p. 256-257).

Plínio, o moço, em carta ao imperador Trajano (Epist. lib. X, 96), nos anos 111 – 113, pede instrução a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a Cristo (Cfr, Suma Católica contra os sem Deus,p. 257)"
(Cristo, um Mito ?II -- 12/04/2004 - 21:32 (D.o.n Ignacio Pablo Valdez y Cuervo).


"É aí que começa o problema. Josefo e Tácito escreveram suas obras décadas depois dessa morte e não viram o episódio. A mesma cosa ocorre com os discípulos de Jesus. "Os cristãos não acompanharam o julgamento. Eles já tinham fugido quando seu messias foi capturado", diz o historiador Gabriele Cornelli, da Universidade Metodista de São Paulo. Nada foi registrado pela elite sacerdotal ou pelo poder romano – Jesus era insignificante para eles.

De onde saíram então os relatos presentes nos Evangelhos? Segundo alguns pesquisadores, das profecias judaicas e da tentativa dos cristãos de confirmar Jesus como o messias. "Não vejo razão alguma para aceitar o que os Evangelhos falam sobre esses julgamentos como verdade histórica", afirmou à Super o historiador John Dominic Crossan, da Universidade DePaul, em Boston, Estados Unidos, um dos mais respeitados estudiosos do assunto. Para Crossan, tudo não passa de recliclagem: textos do Velho Testamento, escritos séculos antes da crucificação, teriam sido mastigados pelos evangelistas para dar uma aura de nobreza à morte de Jesus" (Superinteressante especial, abril/2004, pág. 44.

"Não faltavam candidatos a messias na época de Cristo.

Poucas pessoas conhecem essa parte da história, mas no ano 63, quando a crucifixão já havia feito 30 anos, as autoridades judaicas prenderam novamente Jesus, acusado de causar desordem em uma festa da região. Tentaram silenciá-lo com açoitamentos e, preocupados que pudessem considerá-lo profeta de Deus, enviaram-no ao governador romano, que lhe aplicou um açoitamento ainda pior. Não era uma reencenação da Paixão. Esse Jesus, também conhecido como "filho de Ananias", teve um fim mais tranqüilo: por não ter seguidores, o governador o considerou um lunático e o libertou. Mas é um bom exemplo do que as lideranças judaicas e romanas faziam com quem causava desordem em festas e corria mesmo um leve risco de ser tido como o messias. Cristo não foi o único. Sua Palestina judaica, ocupada por Roma desde 63 a. C., era uma terra fértil para rebeldes e messias. "Quando menino ele provavelmente ouviu histórias sobre Judas Galileu, crucificado por encabeçar uma revolta contra o pagamento de impostos, diz o historiador Gabriele Cornelli, da Universidade Metodista de São Paulo. Não era para menos: os camponeses formavam 90% da população e eram semi-escravos. Do que produzissem, 60% virava tributo para sustentar as elites romana e judaica. Eventuais faltas de pagamento fizeram com que cidades fossem incendiadas e seus habitantes crucificados ou vendidos como escravos. Tanta falta de perspectiva distanciava o povo dos sacerdotes. Abria-se espaço para as seitas chamadas apocalípticas, que apostavam que Deus viria pessoalmente acertar as contas. João Batista, o mais conhecido desses arautos, tinha provavelmente o próprio Jesus entre seus admiradores. Acabou morto pelo governante Herodes Antipas, fantoche do poder romano. Outro homem, conhecido só como Egípcio, juntou uma horda de para marchar desarmada sobre Jerusalém, convencendo seus homens de que Deus os faria vencer. Foram massacrados. Mais eficientes eram os sicários, salteadores que esfaqueavam romanos e colaboradores do regime. O auge dessas rebeliões armadas foi entre 66 e 70, com a primeira guerra entre judeus e romanos, mas elas continuaram mesmo depois. O líder, na época aclamado como messias, se chamava Bar Kokhba, mas esse "cristo" ("messias", em grego) também fracassou. Os judeus, banidos, se espalharam pelo mundo ocidental. E o cristianismo também" (Idem, pág. 46).

Como vimos, Flávio José escreveu simplesmente o que ouvia dizer procedente dos cristãos. Até sua linguagem mostram certa religiosidade, quando diz: "Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas".

Tácito, Plínio e Suetônio também viveram muito depois da morte de Jesus. E, mesmo admitindo ser cem por cento verdade o que disseram, não falaram nada que indicasse ser Jesus um homem diferente dos demais messias.

Às perguntas do nosso colega sobre "Filão" e o professor "André Chevitarese", só podemos dizer o seguinte:

Filão não deixaria de registrar nada de anormal que ocorresse em seus dias. Até as crueldades cometidas por Pôncio Pilatos foram alvo de sua pena. Se o nome Jesus não lhe foi dado conhecer, não será por outra razão: Jesus não despertava mais curiosidade do que os outros messias. Se a vista fosse restaurada a um cego, isso não chegaria ao conhecimento de um historiador local? E se algum morto revivesse? Poderia tal fato excepcional ficar em segredo? E uma multidão de pessoas saindo dos túmulos e entrando na cidade? Nada causaria maior tumulto.

Vale lembrar o nosso colega que Chevitarese não desconhece os referidos e conhecidos historiadores. Ele apenas chama a atenção para o silêncio sobre Jesus em seus dias.

Todos nós sabemos que, à medida que se distancia de um fato, mais as distorções sobre ele vão ganhando ar de verdade. Nos dias de Jesus, ninguém disse que ele tivesse feito algo fora do normal, vindo essas afirmações a surgir anos depois. Aí é que está o fundamento da incredulidade dos historiadores moderno a respeito das crenças cristãs.

O maior testemunho do caráter mitológico dos prodígios de Jesus é a afirmação de que ele curava os loucos expulsando os demônios que estariam sobre eles. Hoje se sabe que loucura decorre de uma deficiência mental tão concreta como uma cegueira ou uma surdez, passível de explicação científica. Nada de demônios ou outra coisa sobrenatural. Como um estudioso do cérebro poderia engolir essa?

Para complemento, ver COMO O MUNDO SE ENGANOU FACILMENTE COM O CRISTIANISMO

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