VAIA PERDIDA
Rio de janeiro/RJ. Sexta-Feira 13. Julho de 2007. Sai
mais cedo do trabalho para ver a festa de abertura dos
Jogos Pan-americanos RIO 2007. Sentei na frente da TV
com minha filha e esposa. Tudo pronto! Pipoquinha do
lado! Vesti o manto "brasiliano - verde-amarelo" e de
espírito cívico na mente, estava eu e minha família na
frente da televisão, torcendo para que tudo desse certo,
para que o nosso país pudesse mos-trar ao mundo do que
somos capazes. Vai começar! Vai começar a festa.
Começou... Quer dizer tem um atraso ai meu meus amigos
da rede... Algumas críticas vazias... Mas... Finalmente
começou! No momento em que a cidade maravilhosa deveria
mostrar ao mundo as suas belezas e o seu povo com os va-
lores humanos (honestidade, educação, respeito, carinho,
gratidão, etc.). No momento em que, tinha tudo para dar
certo, um show da cidade do Rio de Janeiro, desse estado
e do povo do Brasil. No momento em que o Rio de Janeiro
e o seu povo poderiam mostrar para o mundo que o Rio de
Janeiro é muito mais do que as manchetes feitas à bala
e sangue, que enfeitam diariamente a cara dos jornais
(nacionais e internacionais), mostrando o quehá de pior
nas ruas do Rio, que serve, de certo modo,para esconder
o que há de bom no coração da cidade e nos corações
cariocas. No momento em que o povo do Brasil e princi-
palmente do Rio de Janeiro bota orgulhosamente a cara na
janela, para dizer ao mundo que o Rio é muito mais do que
a primeira página dos jornais, por tudo que o Rio de
Janeiro fez e é capaz de realizar. Um evento gigantesco
com a beleza cultural do povo brasileiro, além das insta-
lações de primeiro mundo. No momento em que o mundo dos
esportes deseja uma festa para iniciar uma guerra saudável,
única que merece aplausos, porque traz a paz e a união dos
povos. No momento em que o povo do Rio de Janeiro deveria
encontrar-se, mais do que nunca, com a felicidade da festa
e com a paz de cada um, por pura infelicidade desse povo
e porque não dizer, do povo do Brasil, vem acidentalmente
uma vaia perdida e, lamentavelmente mata a
beleza da festa.
Lajedo/PE, 15.07.2007
HÉLIO FERREIRA
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