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Cartas-->Resposta à Tati - FUNÇÃO DO ARTISTA -- 15/04/2004 - 22:31 (Edson Campolina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caríssima Tati de Cássia,

Em virtude da dificuldade de responder-lhe via mensagem eletrônica, tomo a liberdade de publicar aqui minha atenção à sua missiva sobre o Artigo: Função do Artista.

Tentarei responder-lhe usando apenas minha opinião pessoal, sem qualquer pesquisa ou referência acadêmica, pois considero o conceito de arte muito individual.
Recentemente, no CCBB do Rio de Janeiro, uma série de debates e seminários foi realizada no intuito de discutir justamente a “crítica” da arte. Como já se previa, muita discussão, muito bate-boca e nada de concreto ou de novo foi estabelecido.
Considero arte toda obra que consiga ser percebida pelo público e que tome um significado íntimo para aquele expectador. Qualquer ser mortal torna-se crítico de qualquer arte, desde que a perceba como arte e, conseqüentemente, a tome como obra de um artista.
A arte, para ser arte, basta que seja percebida e cause a união entre a expressão do sentimento de seu criador com a mais íntima sensação provocada no expectador. Para este expectador a arte se fez. A arte se torna arte não por ela em si, pela sua criação e rotulação, mas sim quando causa em seu expectador algo íntimo, mesmo que com um significado diferente do percebido pelo artista ou outros expectadores.
Quantos livros você ou um seu próximo já tentou ler e não conseguiu? Alguns eu continuei a leitura por persistência, mas não considero arte a escrita de alguns autores. Quantos quadros você já observou e nada lhe causaram? Confesso que alguns que custam até centenas de milhares de dólares não me despertam o que, talvez, um quadro de um desconhecido expositor de feira de domingo me causa. E assim vale para uma escultura, um espetáculo de dança, uma música, uma peça de teatro, um filme e etc.
Este é e será sempre um assunto polêmico. Por isto considero arte o que pra mim tem valor como tal, não o que o outro define.
O próprio Fernando Pessoa, ao qual tenho grande admiração pela vida e obra, em alguns momentos deixou a desejar e produziu textos que não me despertão qualquer interesse.
Defina pra você, em cada instante de sua vida, o valor sensitivo que uma obra lhe passa e você poderá conceitua-la e criticá-la como arte, ou não.
Por fim, uma obra pode ou não ser considerada arte. Um autor (no sentido amplo) pode ser artista em uma obra e em outra não. Dependerá da expressão que sua obra, não o conjunto, despertará em seu expectador.
Um grande abraço e muito obrigado pela mensagem.

Edson Campolina.
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