BABILÔNIA
Renato Ferraz
No confortável teatro,
um espetáculo deprimente.
Jogo de cena e de cartas marcadas.
Trabalha-se 3 dias na semana. Duas férias por ano.
O povo paga a conta!
Pura hipocrisia, os seus interesses acima de tudo.
O sangue do trabalhador alimenta vampiros de terno e gravata.
Planos de saúde, aposentadoria e mordomia, sem limite! São semideuses. Que aberração!
Enquanto eles guiam na contra mão da história,
vale tudo para confundir o coletivo.
O sistema carcerário que foi criado para reeducar, é um inferno!
Os cidadãos não querem alforria nem bolsas fome, saúde ou que nome seja. Precisa de trabalho e que os eleitos cumpram o seu dever, diminuam a desigualdade.
Vive-se o holocausto com meninos de rua entregues à sarjeta;
Se faz festa com o dinheiro alheio!
Velhos e aposentados são descartáveis.
Os jovens vivem a tentação fácil das drogas.
A saúde e a educação morrem à míngua.
Quanta tristeza neste instante,
Ó pátria amada, Brasil!
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