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Humor-->Nasceu do avesso -- 07/03/2005 - 12:14 (clovis bevilacqua) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo começou há mais de 30 anos (mentir idade é um habito bobo das pessoas, mas funciona).
Meu pai chegou a casa, muito bêbado, (trebado, mamado, diluído, encharcado) chamando urubu de meu loro, após sair de uma confraternização da empresa onde ele trabalhava, (a confraternização é só disfarce, a verdade é que o bicho era manguaçeiro mesmo) e minha mãe estava deitada dormindo.
Ela tinha 40 anos; Meu pai tinha mais de 50, já estava fora da ativa há alguns anos.
Para a minha infelicidade, ele teve uma súbita e ligeira ereção, o suficiente para minha mãe perceber e aproveitar a situação. Foi aí então que começou a minha desgraça.
Primeiro vieram ás estranhas vontades, (toda mulher joga a culpa na criança dizendo que é ela quem tem os desejos; Mas é pura mentira, sacanagem mesmo) comer caqui com caviar, babaçu com mel de abelha africana, rocambole de jenipapo com cobertura de geléia de abricó, mussarela de búfala, (e por falar em mussarela de búfala, gostaria de ressaltar, que, se é a criança quem tem os desejos, tenho direito a requerer a patente do referido produto; Pois naquela época ele ainda não exista) paçoca rolha ao molho de espinafre selvagem, e tantos outros que só de lembrar-me da ânsia de vomito.
Depois veio o nascimento; Um parto complicado de 6 horas de duração.
O médico dizia que tinha que ser de parto normal, que eu estava em uma posição em que se tivesse que fazer cirurgia seria uma safena. Porra! Como eu fui parar lá?
Como o parto estava demorado, e eu não queria sair, o médico pediu para que a minha mãe andasse um pouco pra relaxar.
Quando ela sentou na cama para descer, veio uma contração, e eu sai com tudo escorregando pela beirada da cama, e fui cai dentro da comadre. O pior é que ela estava cheia.

Logo fui socorrido pelas enfermeiras que me tiraram de lá, e começaram a limpar-me.
Mas se já não bastasse à humilhação de ter caído na comadre, o vidro de álcool escorregou das mãos da enfermeira, e entornou em cima da minha bunda. Sei que eu era apenas um recém nascido, mas me lembro que ardeu pra cacete.
Mas mesmo com toda essa cagada, só percebi que minha vida seria uma merda quando pude entender o meu nome pela primeira vez.
O nome escolhido por meus pais, para mim foi:
Genivaldo Encaixe de Rolla.

• Genivaldo: Em homenagem ao Cachorro do meu avô.
• Encaixe carma da minha mãe.
• E Rolla eu levei do meu Pai.

Já na minha infância, adquiri todas as doenças possíveis, e existentes; Tais como:
Sarampo, catapora, bucho virado, meningite, laringite, faringite, amidalite, Bursite, frescurite...
Quase não aproveitei a minha infância, e chegue a pensar em fazer medicina. Até andei clinicando no bairro.
Sem contar que quase que quase fui confundido com o filho do DR Fritz.
Alguns anos depois, a adolescência entrou em mim, e não eu nela.
Eu não estava preparado para ela, não tinha estrutura física, e, nem mental para ir adiante; Mas fui empurrado tal qual um bêbado no bar em fim de noite, sem um puto no bolso.
Sem alternativa de poder lutar contra as leis da natureza, continuei tocando a minha vida.
Foi então que eu arrumei um emprego de Office-boy em um escritório.
Eu estava contente, acreditara que as coisas iriam mudar.
Logo na minha primeira tarefa, tive que ir a Osasco. (Cidade Paulista)
Nada de inconveniente nisso, a não ser o fato de eu ter sido confundido com um terrível adolescente marginal (O CARCARÁ) existente naquela região. Tive que sair correndo, pois o povo queria linchar-me.
A fuga era inútil; Quanto mais eu corria, mais gente aparecia.
Na verdade eu não sabia o que de fato estava acontecendo, e eu corria por que tinha um bando de maluco correndo atrás de mim, e gritando.
- Pega, pega, pega o Carcará!!!
E eu lá sabia quem era Carcará. Eu corria por não haver ninguém na minha frente, logo suspeitei que fosse comigo.
No desespero de fugir, entrei na primeira delegacia de policia que eu vi na minha frente, achei que ali estaria salvo; Puro engano.
Os policiais já vieram pra cima de mim, com um sorriso safado no rosto, e batendo os cacetes em suas mãos, e dizendo em tom de ironia.
- Aeeee! Resolveu se entregar por livre e espontânea pressão é?
- Coitadinho, o povo quer te linchar? Não se preocupe viu? Vamos cuidar direitinho de você
Eu estava receoso pela atitude dos policiais, tinha certa malicia pairando no ar, mas achei que não deveria me preocupar; Afinal de contas eu estava em uma delegacia e nada de mal poderia me acontecer, certo?
Errado! E só percebi quando o delegado gritou:
- Zezão. Prepara o pau-de-arara aí que ta chegando um candidato.
Uns caras me pegaram e tentaram levar-me a força; Mas eu resistia bravamente.
Só não entendi muito bem quando eles repentinamente desistiram e caíram na gargalhada quando eu gritei desesperadamente:
- Para, para pelo amor de Deus; Eu sou virgem?
Aí ouvi alguém dizer:
- Péra aaae! Esse bunda-mole, definitivamente não é o Carcará.
- Carcará? (indaguei meio assustado).
- É pensamos todos, que você fosse o Carcará.
- Carcará ú caralho!!!
Fiquei tão puto que quase virei sanguinolento; Não fosse minha tamanha Bundamolisse, eu tinha enchido todo mundo de porrada.
Bem, concluído mais esse episódio (e muitos outros que não desejo revelar para não denegrir ainda mais minha imagem) da minha adolescência, atingi a maior idade.
Já na maior idade, sem perspectiva, sem saída, sem mulher, e sem moral, resolvi fazer uma plástica para envelhecer afim de ninguém me reconhecer, mudei-me para o Estados Unidos na esperança de minha moral restabelecer.
Infelizmente as merdas continuaram a acontecer; Hoje me chamo George W. Bush e sou presidente dos Estados Unidos, inventei uma guerra para me engrandecer, não assinei o protocolo de Kyoto e sei que vou me foder.
Quando se nasce do avesso não há o que fazer, a não ser terminar meus dias com o Sadan e Bin Laden, jogando Buraco no xadrez.


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