QUANDO NÃO SE ACEITA O FIM
Renato Ferraz
Como um cão, sem dono, a vagar
No peito uma ansiedade de matar
Triste no vazio de cada noite cruel
Lamentava que ela tenha sido infiel
A vida assim já não mais suportava
Era dura a realidade que enfrentava
A noite do dia, não mais distinguia
De tão triste era a vida que viva.
O pouco que conseguir raciocinar
De tanto beber sem parar
Não entendia por que tudo acabou.
Se sempre juraram um eterno amor
Aquela dor, a nada se comparava
Para ele a vida apenas passava
Relembrava como tudo acabou
E sabia que ela de novo se casou.
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