INFORTÚNIO
Renato Ferraz
Amanheceu, bateu asas e voou para bem longe...
A sua ausência deixou saudade dos dias ensolarados
Que amanhecia cantando e esbanjando charme e alegria
Em todas as horas do dia.
Não era como um pássaro qualquer.
Cantava sorrindo. Se expressava com o olhar!
Alegrava a alma de quem o ouvia.
Apaixonava-se quem convivesse com ele.
Possuía algo misterioso que o tornava encantador
E tinha o semblante de uma criança.
Seus olhos pequenos anunciavam a primavera
Cantava profundamente o amor.
Sua ausência deixou um enorme vazio na extensão do tempo.
Daqueles que corta o coração.
E que, sem achar, se procura uma explicação.
Deixou marcas que custarão a cicatrizar
Porque sua presença era inevitavelmente marcante
Parecia ser algo de outro mundo
Havia inúmeras insinuações de quem era ele.
Não era mesmo um simples pássaro...
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