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Cartas-->Oi KatYlin -- 25/10/2001 - 15:04 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Oi KatYlin,

‘Uma Esfinge sem enigmas,
Advogada de cadeia fria.
Vinda, fatalmente, da Fábrica Sigma
Manufatura vazia.”

Bem, inicialmente devo dizer que você está redondamente enganada. Tal pensamento curvilíneo se dá pela inércia de tua leitura. Se houvesse lido ao menos um texto aqui neste Usina de Letras (ler, não confunda com dar uma olhada, não estamos tratando dos textos da sua faculdade de direito, cujo nos foi revelado que faz nas coxas.) teria até notado que eu e Zé Pedro já trocamos nossas farpas e vez ou outra divergimos em idéias. Outro detalhe, se o Zé é o que diz, então ele é um gênio. Tantos escritos de formas tão distintas fariam dele o novo Best Selers. Imagine um autor que tivesse tal capacidade, quantos personagens poderia criar e, sendo ele tantos, cada um teria uma vida própria.

“Esfinge sem adivinhação
Sem mistérios... à mingua
Cusparada tresloucada a léguas
De acertar um alvo.”

Well, Well, Well... Acredito que você é mais uma daquelas pessoas jovens, na faculdade, empapuçada com as politicagens que lê na revista Veja e que vivencia na própria faculdade. Sei o que é isso. DCEs, CÃS, DAs, fóruns e mais fóruns. Discursos inflamados... isso deixa qual quer um desmotivado, mas não ao ponto de se tornar apolítico. Ser apolítico é um suicídio social. Vive-se a política diariamente. O (pré)conceito arraigado a política é a mediação de poder entre os “políticos”. Mas se faz política em qualquer lugar, pois esta palavra está ligada ao ato de fazer uso de determinado meio para atingir um fim. Quando se está em uma festa e se deseja uma pessoa, a conquista, o olhar, os torpedos são atitudes políticas. Creio eu que você gostaria de dar o sentido a palavra no tocante a não gostar de partidos políticos, o que seria mais correto utilizar apartidário. Mesmo esta palavra tem problemas com sua utilização, pois ser “a – partidário” remete-nos a um meio termo que só poderia ser obtido ou por ignorância plena dos poderes (fins) pleiteados (sendo assim o desejo – que leva a criação da vontade política – passa a ser latente e desconhecido) ou por posição política de abstenção, o que pede a participação em uma facção de pessoas que não desejam tecer comentários a respeito do assunto ou necessidade. Esses acabam fazendo parte de um “partido”, cujo um de seus conceitos é a reunião de pares com mesmos idéias e/ou fins.

Quanto ao pt, sinceramente, ponderando os governos de “esquerda” e “centro-esquerda” e os governos de “direita”, podemos notar que os governos de esquerda têm tomado mais cuidado com seus governados. Eu vivo no exemplo de Brasília. No primeiro governo de Joaquim Roriz vivemos a superlotação da cidade com a distribuição irresponsável (essa palavra é muito cabível a este governador) de lotes, a feitura de um metrô que atrasou seu cronograma em 2 anos. Ainda sobre o metrô, perto de minha casa fica o ponto da feira. Eu moro em uma cidade chamada Guará, ela já foi chamada de “Cidade satélite” e “Cidade dormitório”, pois não foi projetada para um crescimento industrial e/ou comercial. Aqui, o projeto inicial do metrô informava que este seria subterrâneo até um outro ponto de Brasília. O que aconteceu foi que, já em andamento, depois de feitas todas as “análises”, descobriram que estavam tentando perfurar uma rocha cujo equipamento não havia sido “previsto”. Resultado, dinheiro gasto com tentativas e um metrô que pode ser visto na superfície. Outro detalhe, a segurança é péssima.
Agora passo a falar do ex-governador Cristovan Buarque. Ele tentou governar a longo prazo. Aplicou o projeto “bolsa-escola” (que ainda hoje é aplicado em diversos países e foi adotado pelo governo de FHC – mesmo o pt sendo um partido de oposição), escola-cidadã (aplicando metodologias inovadoras em educação), o projeto saúde em casa, a mala do livro entre outros. Este governador não via (e eu tenho muita fé nisso) uma Brasília daqui a 10 ou 20 anos. Ele pensou projetando, visando resolver problemas como violência, desemprego e diferença social pela raiz, que é a educação, saúde e, mais importante, gradação da “qualidade de vida”.
Bem, o povo não compreendeu. Como mostrou uma pesquisa da folha, a maioria (pobres e miseráveis) busca medidas imediatistas, portanto vota em promessas milagrosas e “imediatas”. Ganha e é reeleito Joaquim Roriz. Ao passo de acabar com a violência aumentando os empregos, surge o programa Tolerância Zero (volta as ruas as ROCANs, e a famosa viatura 666, formada de assassinos fardados... um tipo grupo de extermínio brasiliense, passa a rodar na Ceilândia e demais periferias de Brasília). O saúde em casa tornou-se saúde solidária, e acabou em dois meses. Bem, a educação voltou a m* que estava, a secretária de educação Eurides Brito, mantém a escola onde deve ficar, na lama. Com uma política retrógrada e populista Joaquim Roriz usa sua cara de pau pra falar tolêimas e a mesma boca diz que não falou. Sim, o metrô está rodando. Custa 1,50 a viagem, mas ainda não existe integração, é a passagem mais cara para viagens mais curtas em Brasília e no Brasil. A Brasília, cidade tombada patrimônio histórico ainda não tem seu plano diretor e o atual governador anda querendo criar “área residencial” e “condomínios” (nova moda em Brasília) os parques do Guará e Lago Norte.
Bem, eu vejo assim... eu vivi tudo isso que estou te dizendo. Gostaria de exemplos pra acusações contra o pt, pois é o único partido cuja falcatruas, se é que existem, ainda não foram a tona.

Abraços,

Ayra - on

Ps.: Não acho KatYlin um nome bonito pra filha... bem, mas quem sou eu pra falar. Com esse nome estranho que tenho e o nome que dei pra meu filho, Polux (era um dos doze contra tebas).
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