ÀS VEZES ACHO
Posso pensar que quero
me libertar de tua presença.
Não da presença física
essa eu não tenho mais.
É da pior presença
a que nunca sai.
Quando perco-a por aí
entre vários rostos e olhos
entre esquinas e becos
acho que já soltei-me
de suas cordas sutis...
Mas não.
E aos poucos vamos
ela e eu nos acostumando.
Me acostumei com tua ausência
presente quase sempre
fantasiada de presença
essa que nunca sai...
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