Existe algo de nós
No tom do entardecer
No matiz da violeta
Nos olhinhos da crinça
E no brilho das manhãs
Inexiste algo de nós em nós mesmos
E por isso é difícil e penoso
Desatar-se a vida dos nós
E Transmutar-se em um só coração
A batucar em dois peitos pesarosos
Só por isso, então, caminhamos sós,
Sem violetas na janela, sem carinhos,
Sem crinça em burburinho
Sem amanhã, sem entardecer,
E sem dar o braço a torcer
|