Ele me tem nas mãos e sabe como usá-las. Tento mostrar que ele não está em mim, mas vejo que é impossível mentir o fato. Finjo bem, só que não cionsigo chegar até o final inteira. E ele consegue.
Não ao certo se ele consegue, mas finge, me engana, se esconde em um mundo que não consigo achar a porta. Mas e daí? Não o amo.
O controle que antes eu possuía, hoje vejo ele guiar. Não posso deixar que isso aconteça, a correnteza só pode correr ao meu favor. O telefone irá tocar e será você me pedindo pra tocar-te, e depois de ter te usado; você e eu vamos nos calar e acabar de vez com essa...
Você não fala o que sente à noite, mas eu finjo saber. Talvez você pense em mim, talvez você precise beber. As vezes você pensa em mim e fica assustado quando já não consegue parar, nessa hora você me trata mal e eu acredito que não quer amar.
Espera um pouco, quando conjugo o verbo amar ou digo amor, não quero dizer do AMOR. Nada me faz amá-lo. O amor que eu sinto é sublime e por um homem teoricamente correto e não um amor completamente tentador. É uma junção do prazer com a ausência. É a separação do joio do trigo.
-Branca, Setembro de 2001-
|