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Poesias-->VERSOS APAGADOS -- 06/06/2001 - 23:52 (LUIZ HENRIQUE GOMES PATRIOTA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FRAGMENTOS (versão apagão)



O coração apagado

com sentimento escuro

a esculpir frases

às cegas

que o amor lê em braille

não compreende

não poupa

da sobretaxa

do sofrimento

nem descarta

os cortes

da paixâo extinta.



LUIZ PATRIOTA

2001



HOMENAGEM APAGADA



Uma luz se extinguiu

aqui em nossa terra

seria uma entre outras

não fosse a revolta

provocada nos lares

convocada por seus pares...



Uma estrela se apagou

com medo da sobretaxa

do fantasma do corte

nos observa míope

a nova idade média

a noite sem fim.



LUIZ PATRIOTA

2001



COMISSÂO



Viola meu painel

Revela o meu voto

Quebra meu sigilo

Cassa meu mandato

De poeta militante

Travestido de amante

Corta minha luz

Aumenta minha conta

Mas me faça ver

O quão importante

É o meu ofício



LUIZ PATRIOTA

2001





NOITE EM PRANTO



I



Uma noite

a lua, um branco puro

pendurada nos olhos azuis

ilumina a terra em silêncio

na tristeza, uma voz sozinha

na escuridão que caminha.



A terra em pranto

pela morte da criação

em silêncio, a destruição

de quem não pode chorar

na noite, a aflição,

na lua o coração...



A noite chora seus mortos

pela estupidez da criatura

antes, filho da natureza, puro,

hoje, degredado, coração escuro

como a noite em pranto

na tristeza, no silêncio,

no canto, no sereno...





II



A terra

agoniza nos braços da lua

a cada gesto desumano

ao final de cada ano

desperta, deixando feridas,

no silêncio, na lua...



Feridas no silêncio do escuro

lágrima tecida em pranto puro

corre feito cachoeira

ao longo da vasta noite.



Ferida aberta mostrando

seu pranto exalando

lentamente se calando

no lençol estendido

no puro escuro do silêncio...





III



A noite

chaga, ferida, lágrima em vão

pela alma que não tem coração

pelo tempo que se foi no turbilhão

das horas perdidas em silêncio

no pranto escuro...



O escuro

da lágrima da lua no vazio

rio em silêncio sem futuro

rolando para o nada

por toda madrugada

por todo cobertor...



Rolando sob a lua

lágrima fria e nua

no manto da madrugada

sem ferida, sem pranto,

sem estrela, sem noite,

sem vida, sem nada.



LUIZ PATRIOTA

1985-1999



APAGÂO



De repente, a escuridão

encobre a cidade

revela a face

da criminalidade



Na prisão

cada rebeliâo

estremece a nação

acuada

a cada seqüestro-relâmpago...

a cada gesto ousado

dos verdadeiros

"donos" da nação.



LUIZ PATRIOTA

2001





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