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Contos-->Amarelo-cromo -- 29/03/2000 - 14:37 (Douglas Dickel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Peguei o jornal e a manchete era: Morrem centenas de gordos na cidade. Achei estranho o fator obesidade estar relacionado a uma morte em massa. Por que os gordos morreram?, me perguntei. Abri na página indicada no pé da manchete para saciar minha curiosidade. Nada de esclarecimentos. O repórter atribuía ao calor dos últimos dias o falecimento daqueles indivíduos.

No dia seguinte, fiquei sabendo por um amigo que trabalha na editoria de polícia de um jornal de circulação nacional, que na autópsia foram encontrados quindins. Em todos os corpos. Quindins envenenados? Os técnicos garantiram que não, me contou Guimarães (nome fictício). Parece que eram muitos quindins, uma quantia que não caberia nas caixas de camisa dos vendedores do litoral.

Resolvi passar por fotógrafo e acompanhar o Guimarães nas investigações jornalísticas. Na manhã de sábado, resolvemos passar numa lancheria para envenenar os neurônios com cafeína. Passando pelo balcão da entrada, notamos que uns quindins moveram-se sozinhos, acompanhando nossa passagem. Deve ser o calor, pensou meu amigo. Mas que lobotomia os jornalistas receberam para achar que tudo era o calor?!

Sentamos à mesa com banquinhos circulares e giratórios. Lembrei-me das viagens de criança, parando na estrada para fazer um lanche. Um estrondo de vidro quebrando chamou a minha atenção e a de todos que estavam na lancheria. Era justamente o vidro do balcão da entrada. Voltei a olhar para o Guimarães, a fim de fazer qualquer comentário. Mas meu amigo jornalista não estava mais vivo. Morreu sufocado e com congestão estomacal.

Depois de chamar a polícia e aquela coisa toda, fui para casa tomar um banho frio. Na hora de me secar, fora do box, vi um bilhete debaixo da minha porta. Ele dizia:

Reconhecemos seu amigo e apagamos ele.
Tu vai ser o próximo.
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Quindim
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