Cheguei agorinha mesmo de Havana. Fui conhecer a maravilha onde o Estado é o proprietário de tudo. A frota de ônibus, aliás conservadíssima é produto da indústria norte-americana da década de 50. Perfeito!!!
Nos bares e restaurantes, passa-se o dólar que é mais procurado que a moneda nacional.
Existem por lá, assim como por cá, loucos insatisfeitos que projetam nas chamadas "artes" a sua violência verbal, resultado de vidas completamente frustradas.
Conhecí um bebum lá num boteco, que se lamentava, apesar de fazer parte do aparato governamental,por sua mãe ter que se dedicar à prostituição, quando criança, a fim de poder se manter. Esse louco se dizia escritor e me falava que seu comportamento verbal era mesmo para ofender as pessoas. E tudo por conta de sua vida de filho de mãe não muito Católica.
Esse bebum, quero crer, tinha certa fixação anal. Tanto é assim que seus textos só tinham a merda como assunto.
Ele me confessou sua impotência coeundi. Mas o que mais o amargurava mesmo eram as lembranças daquele seu tempo de criança. Especialmente dos momentos em que sua mãe entrava no quarto com homens diferentes a cada momento, deixando-o de fora a chorar.
Ela mandava-o calar a boca e que ficasse quietinho que ela logo voltaria.
Esse meu conhecido bêbado, tornou-se alcoólatra e tivera algumas internações psiquiátricas. Estava obeso e fazia uso do tabaco. Não lhe disseram que fumava charutos feitos com folha de bananeira, para não melindra-lo ainda mais. Seu comportamento era imprevisível. Seus amigos e conhecidos o chamavam de louco. Ele era sumamente radical. Do tipo oito ou oitenta. E esse seu aspecto de personalidade, se fixou exatamente quando houve o rompimento da afetividade com a sexualidade. Então, seus amigos diziam que não se poderia esperar bom termo ou meio termo daquele louquinho. Ou era tudo ou era nada.
E pude perceber que se me mandasse logo daquele local, estaria em melhores situações. Mesmo tendo que enfrentar apagões estratégicos o Brasil ainda era o melhor lugar da América Latina.