A DOR... que AGUENTE
Há noites em que não dá
para suportar as asas
então aparecem as garras
muito mais tácitas.
Assim sobrevive-se.
A dor,que espere.
Que não encha, porque não deve.
Não deve se espalhar pelas vísceras
fazendo de conta que conhece o caminho.
A dor? Que aguente.
Depois que a boca mastigue a pena
principalmente
a de si mesmo,
o mal humor recupere o controle
quebre a lâmpada no chão
esbarre na quina da mesa
e faça sair o sangue
então que a dor se manifeste.
E com ela agarrada à garanta
o corpo vai virando gigante
as coisas;
idiotices passageiras
a metamorfose acontece
e você precisa, quase de novo
( parecido com finalmente)
olhar no espelho
e conhecer o rosto
do belo monstro renascente
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