Danié vêi chegando diferênte,
Inventando i criando mudernia,
Num martelo chêi de tripocondia,
Mal ajambrado i mêio indecente.
Porém o prêto véio tá contênte,
De pudê arrespondê seu fraziado,
Pru tê êle cantando do meu lado
Mêrmo Intêntando fazê inovação
Cuns cordelitas de bôas intenção.
No martelo di dez agalopado.
Porém isso é coisa di ixibido,
É uma côisa banal, até sem graça,
Di quem tem a certeza da disgraça
Da quá breve se verá acomitido.
Amigo Danié, agora eu pido
Qui dôtra vez mude as direção,
Cuns cordelistas de boas intenção
No martelo di dez agolopado
Mode num escapá pisotiado,
Trazendo dô a tantos coração.
Veja só sua triste situção:
Pudia tê fazido algo animado,
O prêto véio tá discufiado,
Qui tu tá fraco di inspiração,
Cuns cordelista de boas intenção
No martelo di dez agalopado,
Com esse sobe i dece disgramado
Que tira toda a beleza naturá
Qui ixéste na hora de cantá
No martelo de dez agalopado.
Muita coisa é mió cuma já era
Cuma os pôvo a tempos já fazía,
Quando qué si aplicá a mudernia
A beleza qui tinha dizunéra.
O martelo era bom na ôtra éra,
E nessa éra é bom do mêrmo jêito,
Num posso intendê quá o proveito
Qui têmse ao o fazê mudificado,
No mêu vê fica tôdo alejado,
quiria achá bunito, i num têm jêito.
Bem, mestre Almi, é sua vêiz.
Êste prêto véi tem o fôigo de sete gato.
Limêrinha Do Tauá.
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