Grito pela falta de ar,
pela falta de objetivo,
pelo sol que se apaga,
por esta razão sem sentido
pelo sonho comedido,
pela tua incerteza,
que me deixa tão longe
das manhãs que eu espero.
Grito pela insônia que incendeia
meus quatro sentidos,
das frases pela metade,
da paixão sem ouvidos,
desta minha ansiedade que tento esconder.
Grito em todas as horas,
pela mão que não me afaga
quando preciso de um amigo,
pelas muralhas erguidas
entre a necessidade e o afeto,
pela incompreensão do tempo,
por teu tom incerto...
Grito porque ainda acredito
que em algum lugar
deste mundo sem dono,
haja um alguém
que me queira por perto...
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Ando com saudade
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