Usina de Letras
Usina de Letras
297 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62171 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50576)

Humor (20028)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cartas-->Por baixo da casca -- 29/04/2004 - 16:46 (Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu dia tropical está todo coberto de neve agora e qualquer coisa que eu diga vai manchar esse silêncio frio, é por isso que escrevo, que falo através dos dedos em folhas brancas e virgens, assim como um pianista que canta através das teclas lisas de seu piano.
Cada palavra tem uma gota de sangue, um resto de alma, um fragmento de personalidade, uma fração do sopro de vida que me anima e desanima.
Se pudesse esfolaria os dedos de tanto escrever, imprimiria nas escritas os traços e as linhas da minha mão, não quero ser apenas uma casca morta e que as pessoas olhem só o que tenho por fora, como só mais uma figura, uma fria superfície de pele, quero mostrar as minhas estranhas entranhas, o sangue que corre nas minhas veias e o meu recheio, ponha os seus olhos de raio x em mim!
Estou tão cansado dos corações ferozes que só pensam em guerra ou em fazer o mal para ter o seu próprio bem, quero me deitar numa cadeira ao sol e ficar olhando as inconstâncias do céu, as nuvens desenhando e brincando com a minha imaginação...meus olhos estão exaustos de presenciar tanta dor.
Quantos anjos mortos estão lamuriando suas mortes por aí e as suas vozes encontram eco aqui no meu peito, eles falam sem palavras do seu amor, eles choram sem lágrimas toda sua dor, perderam suas asas e brancos já não mais o são, agora são anjos azuis, anjos blue como a tristeza cantada em forma de música pelos negros acorrentados e escravizados.
Aqui por debaixo dessa pele quase morta, por baixo das roupas que me cobrem os órgãos, os meus “eus” fazem pontes entre si, por dentro sou como um espelho quebrado que não dá azar, cujos o s cacos se colam e se encaixam perfeitamente, meus olhos são janelas que se abrem para dentro de mim...


http://andre.aquino12.blog.uol.com.br
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui