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| Poesias-->A PAZ DAS NUVENS -- 08/06/2001 - 21:27 (Anderson Christofoletti) |
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A PAZ DAS NUVENS
I
Retinas a deriva num mergulho incessante
- Oscilando como enguias ensandecidas -
Vislumbram a paz das nuvens frente ao
Nosso intenso deslizar no universo.
O dia , em seu astro arrefecido, declina
Sem nenhum aviso do seu inverso...
Será a murcha flor
Em seu derradeiro ato
-Fogo – fátuo –
Que aflora?
II
Esta noite
As janela diáfanas
Deixam escapar a voz argêntea
Da lua.
O vento entoa uma nota,
Imprimindo na parede obscura
Uma tecla de marfim:
O devir das sombras,
O rastilho real
Que floresce no álveo
Eternífluo dos sonhos...
Será a dor incontida
Das estrelas
Varadas pela aurora?
III
Mais uma manhã sangra a noite lívida.
Queria entender um só verso desta alquimia,
Desta intensa harmonia
Chamada vida.
Quem sabe um dia...
©Anderson Christofoletti
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