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Contos-->Estrada sem fim II -- 30/12/2016 - 20:55 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O tempo parou. O coração disparou. Tinha os olhos fixos na vereda que mais parecia delicado risco de giz amarelado, em um  quadro verde, que não cabia no mundo. Tremeu. Ele que contava estórias de assombração, para assustar os meninos, agora estava com medo de alma. Alma do próprio filho. Não deveria ter deixado José Lino fazer dupla com Pururuca do Curral de Dentro. Quem já viu perder  de vistas o parceiro?  Só faz barulho esse Pururuca. Parece um gigante em estatura, mas tem cabeça de menino. Não tem experiência de vida... Quem não tem coragem de matar uma mosca, vai enfrentar uma onça? Não acreditava que ele matou Zepillon. Talvez!... É o medroso quem mata... João Velho resolveu entregar-se em holocausto, como um cabrito montês, preso pelos chifres no espinheiro. Foi quando tentou abrir  os braços em cruz. O braço despencado não levantou. Percebeu que quase cometera uma heresia, querendo morrer como Aquele que deu sua vida para salvar a humanidade;  e deu Glória a Deus pela clavícula quebrada. Olhou  mais uma vez a curva do caminho. Era uma estrada sem fim — ‘Que venha a onça!’— Pensou, disposto a entregar seu espírito ao Criador.  Então, arregalou os olhos para contemplar a natureza pela última vez,  e viu. Viu  Vintém puxando o burro  pelo cabresto.
Pobre cão, injustiçado até no nome. É necessário um tostão para comprar uma bala doce, e dez vinténs para formar um tostão. Naquele momento, Vintém mostrara-se valioso, recuperara o burrinho fujão.  Nhô Velho poderia voltar para casa, montado. 

***
Adalberto Lima - trecho de Estrada sem fim...

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