Li um artigo entitulado "Amizade tem preço" escrito por Larissa Coldiberi. Ela conta sobre a profissão de Personal Friend. Vocês sabem o que é isto? Seria um amigo de aluguel. Diz ser indicado para pessoas tímidas ou que têm dificuldades para fazer amizades. Da mesma forma que se contrata um Personal Trainer para adquirir boa forma física, pode-se agora contratar um Personal Friend para ter amizade.
No meu ponto de vista, a amizade é uma questão de empatia. Conhece-se a pessoa, gosta e adquire confiança para conversar e até expor problemas. Sempre há um vínculo de ajuda, de carinho. Mas será a carência do ser humano tão grande? Será o distanciamento entre as pessoas tão imenso que é preciso pagar por amizade?
Conheço pessoas que necessitam conversar com outras, que necessitam de companhia. Mas até que ponto seria salutar ter que pagar para saciar as carências. O alimento é pago. O sexo é pago. Agora a amizade também é paga. Daqui a pouco temos que pagar para respirar.
Até que ponto todo o desenvolvimento do mundo moderno, toda a ganància e toda a ànsia pelo poder, ou ànsia pelo sucesso, pode ser um benefício? As causas da desigualdade social está aí bem visível aos nossos olhos. Digo desigualdade não somente de condições monetárias ou de moradia ou alimentares ou de cultura. Digo desigualdade no sentido pejorativo da palavra, onde a solidão e o abandono é tanto que existem profissionais da amizade.
Saiba você que agora, a amizade tem preço. Não é o preço do afeto e do carinho. Da preocupação sadia e do acompanhamento da lembrança pelo amigo. O preço agora é em dinheiro mesmo. Mais uma dependência do valor monetário.
Pois é, a amizade tem preço, mas você pagaria?
