Irmãos gêmeos
Aroldo Arão de Medeiros
Nasceram no mesmo dia, são semelhantes
A voz, sorriso e até o semblante.
O espelho é o retrato de suas fotografias.
Confundiam as pessoas sem querer
Na canção mostravam todo o seu poder.
Assim eram os filhos da vó Maria.
Sisudos e com bigodes aparados
Eram tranquilos, não eram levados.
Usavam a incomum semelhança.
Encantaram e muito as redondezas
São estimados e não causam surpresas.
Os adultos foram boas crianças.
Poderiam confundir até bom Deus
Não fazem para não receber adeus.
Sete anos atrás fizeram oitenta.
Coração de irmãos, é, não se engana
Choram, riem juntos porque se amam.
Hoje são felizes, têm quase noventa.
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