RÍTMICO
Soa um violão como alívio
àquelas agruras da selva.
Porque chega a noite
que nada tem de fim
e começa o eco do túnel
onde ando só.
Sempre tive a sensação
de caminhar com alguém
sempre terei a espera
do encontro a dois.
No entanto é só o espelho
e algo como um violão.
Porque a música de notas
escorrega pelas artérias
deixa um toque de presença
e leva o que sobrou.
O que meu lado cansado
não quer guardar e deixou.
Estás por aí desenhado
e de repente te vejo:
creio que te gastei
de tanto me preocupar
como se já não valesse
nosso misterio feroz
Mas corres como segredo
e como se fosses proibido
e não consigo apagar
a tua figura comigo.
Abro umas portas estranhas
para que fiques em vivo
Então agarro esta música
e nosso misterio esquecido.
Fecho outras portas estranhas
para que fiques comigo.
Batem tambores em ritmo
em meu coração atrevido.
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