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Cartas-->MEU AMIGO ADÉLCIO... -- 07/11/2000 - 15:04 (Cristal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SBC,18 de setembro de 2000.

Microcosmo, macrocosmo... Aqui vamos nós afundarmos de novo no mundo das leituras e fugir do mundo da poluição.
Macrocosmo. Pessoas são iguais a poluição. Vivemos para nós mesmos, direcionados para nossos umbigos arrotando para fora, sempre para fora. Arrotando conquistas.
Conquista é uma palavra que mudou. Eu não mudei. Piorei, encroei. Entrei no sistema e o sistema entrou em mim. No trem da vida estamos no vagão de carga, em cima dos trilhos... Aproveitando a viagem? Que viagem! Não estamos indo a lugar nenhum.

Adelcio,
Em qualquer parte do mundo a cultura sempre está em segundo plano. Escola? Coisa de aluno. Aqui eu vejo um monte de velhos entediados, nas suas casas aposentados. Ninguém para um papo mais "teatral". A vida ensina. Pra quê ter pressa.
Quero ir para minha casa, andar de bicicleta e comer pão de queijo.
É meu amigo. Sou dada as escritas. Mas não sei para onde vou.
Não imagina a minha neuroze, antes e depois dessa mudança. Não imaginava a quantas minha cabeça andava e a quantas anda agora. Viajar pelos lugares é bom. Mas mudar para outros mundos é diferente. Não sei quanto tempo vou ficar aqui. Há algum tempo descobri que não ando controlando mais minha vida como antigamente, princicpalmente depois que dexei de ser "Eu" para ser "Nós" .
Me sinto como uma formiga transportada do seu formigueiro para outro formigueiro: o sistema é o mesmo, mas tem diferenças. Enrriquecedoras talvez quando voltar. A verdade é que o mundo é mundo em qualquer lugar. Não repare, estou inspirada.
Eu queria ter podido participar de muito mais coisas no nosso pequeno microcosmo teatral. O que vale é fazer as coisas acontecerem e alguma coisa estava acontecendo. Vale lembrar que gostei muito da apresentação, do enfoque que você deu aos textos. Você sabe que gostei muito. Mas a minha vinda para cá foi "um parto" , essas coisas que acontecem de maneira inesperada mas que no fundo você está esperando. Se você perguntar para mim, "Geórgia, você queria vim?" Eu vou te responder que eu não sei. Por que se não viesse talvez arrependeria, enfim me arrependeria de qualquer coisa, de qualquer jeito. Mas isso não é jeito de falar. No fim, acho que a melhor despedida foi aquela aquele dia: Não planejada e emocionante. Por quê? Vou ser sincera, odeio despedidas. Acho que a vida acontece. E você no fundo sabe que, Adelcio, somos amigos de alma, de mente e que mesmo estando longe, você é uma daquelas pessoas que estão dentro do meu coração e que nos momentos de solidão cultural, vou lembrar de você e sua vontade de fazer acontecer. Acredito nas pessoas e nos seus talentos e acho que cada batalha por aquilo que a gente acredita vale a pena.

Então,eu não sei, atualmente me transformei na senhora sem destino, mas o destino atualmente é esse. Parada em São Bernardo do Campo. Um mundo peculiar.Tenho que conhecer um pouco de mundo né? Para mim é uma supressão no tempo ótima para as leituras e as escritas, já que o mundo aqui parece que não vai me inspirar grandes causas. Talvez o medo que anda tomando conta de mim aos poucos vá embora, pois eu ainda estou com aquela sensação de cachorro que mudou de dono. Talvez aproveite esse novo mundo para absorver o que puder, aproveitar a tecnologia, os acessos e absorver como uma espoja. No fundo, não tenho grandes planos. Talvez até seje melhor assim. Espero que dentro de no máximo um ano e meio eu volte para meu território e se não esperar, vou dar um xilique aqui, mas eu volto. Pode ter certeza.

Um grande abraço,

Geórgia.
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