SEM CORDURA
Agarro o fio eletrizado da paixão
e envolvo meu corpo sem cuidado
e o coração que era músculo de fibras
passa a ser um vulcão desenfreado
Entre árvores de flores
e umas ervas de espinhos
faço um ninho como um forte
onde me auto-anestesio
Não sei nada do teu lado
não te escuto nem me chamas
não consigo pentagrama
para tal mudez exata.
É que sou como uma lata
que reflete sol e lua
fica séculos na rua
por esperas inventadas
Volto ao fio eletrizado
com torpeza e sem cordura
ligo o músculo cardíaco...
sou vulcão, desenfreado.
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