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cronicas-->Rosas vermelhas para Aline -- 15/01/2001 - 11:24 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não dá mais pra segurar, Aline.
Preciso lhe contar.
Naquela primavera, quando você me surpreendeu com seu fascínio, cheia de vida e de amor, coincidiu prosperar no meu jardim uma roseira. De rosas vermelhas, na tonalidade mística que você tanto aprecia. No meu sonho maravilhoso, sendo amado por você, uma pessoa especial, eu gostava de confidenciar à roseira. Você bem sabe, Aline. Plantas não conversam, mas catalisam os fluidos emanados de quem delas se acerca. Estimulada pela magia do nosso amor, ela viçou e cobriu-se de flores na proporção do nosso entusiasmo mútuo. Impressionante como ela compreendia o significado de tudo que você me falava. Suas palavras, Aline, eram profundamente ternas, assim:
- "Se tenho a coragem e a certeza de um amor eterno, gostaria que ele fosse o segundo (desde que impossível o primeiro...) maior prêmio de sua vida. Uns nascem para amar, outros nascem para serem amados. Este, é privilégio de poucos. Sou feliz por te amar e espero que você o seja por ser muito, muito, muito amado...".
E mais:
- "...Amo a vida, as flores, os animais, as crianças, amo viver. Amo as pessoas e sei que todas são boas. Só que nem sempre tiveram oportunidade ou coragem de usarem o que têm de bom...".
Falei ainda à roseira, dos gatinhos abandonados num emaranhado de espinhos que você acolheu, dando-lhes nomes e alimento. Mencionei também o seu desvelo pelo filhote de pastor alemão, presente de uma amiga. Traços de sua personalidade extremamente sensível. Quando revelei sua intenção de aparecer no jardim um dia qualquer, sem prévio aviso, para conhecê-la, a roseira exultou e caprichou numa carga extra de rosas vermelhas. Aline, digo-lhe, o seu modo de ser aumentava minha admiração por você. Ah, que inesquecíveis palavras, meu bem...
- "...Sempre me presenteio. Até cheguei a mandar-me flores, quando não tinha você para me proporcionar esse carinho. E ofereci a mim mesma um LP romàntico da Elba, com os dizeres: De mim, para mim, por tudo que gosto e mereço. Aline, simplesmente Aline".
Sucede que os contos de fadas estão rareando, devido à existência de pessoas más, que ignoram o amor verdadeiro. São os não romànticos da vida maculando os corações puros. Truncando os amores eternos. Certo dia me vi obrigado informar à roseira que você não poderia vir mais. Nunca mais. Ela entendeu minha tristeza. Não renovou as flores. Congelei minha paixão por você, ao ouvir: -"...só noutra vida!". Aceitei a situação. A roseira perdeu as folhas e a beleza. Aniquilou. Pensei noutras coisas. A contragosto virei a página desta história de amor. De uns tempos para cá, porém, um fato importante está acontecendo no jardim. A roseira reanimou, em pouco tempo floriu, ficou linda de novo. Aprontou-se outra vez para recepcioná-la, Aline. Não peço por mim, pois sei que nosso amor se tornou impossível. Mas não posso deixar de interceder pela roseira. Venha vê-la, Aline. Essa planta buscou forças inimagináveis, subsistindo por sua causa. Ela a espera esplendorosa, perfumada. Temo que nova desilusão lhe seja fatal, porque nada pode ser pior que a morte da esperança. Considero-me implicado nesse caso porque a roseira filtrou meus sentimentos por você. Sinto que ela ainda confia em um dia você voltar para mim. Venha, portanto, Aline, colher as rosas vermelhas que essa roseira querida produziu só para agradá-la. ===
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