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Artigos-->Campo de Guerra em Salvador -- 16/05/2001 - 23:11 (Eduardo Henrique Américo dos Reis) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Poderia começar este manifesto com títulos irônicos e divertidos usando o nome do Senador Antônio Carlos Magalhães, ou até mesmo “escatológicos”, como dizem ser meus contos. Mas devido à seriedade do assunto. Um verdadeiro assunto de total sujeira e “escatologia”, preferi escrever simplesmente o que vi e presenciei.



Campo de Guerra em Salvador



Dia 16 de Maio de 2001.

Novamente, a juventude baiana foi às ruas usufruir de sua liberdade de expressão.

Com gritos pedindo a cassação dos senadores Antônio Carlos Magalhães e José Roberto Arruda, estudantes, sindicalistas, integrantes do MST, jovens secundaristas e partidos de oposição se dirigiram da reitoria da UFBA até a faculdade de Direito da mesma, localizada no Vale do Canela, em Salvador.

Uma manifestação pacífica até então.

Ao chegar na entrada da faculdade de Direito, os manifestantes se depararam com uma barreira, formada pela tropa de choque e a cavalaria da PM que, rapidamente, cercou o local.

Para não criar um conflito violento, a passeata parou e aguardou o recebimento de uma autorização da Justiça Federal para adentrarem a faculdade, que por ser uma universidade pública e federal, não poderia de qualquer forma ser fechada (ou invadida) pela polícia militar. Fato que não ocorria no Brasil desde a época da ditadura, quando várias universidades foram invadidas por órgãos opressores.

Assim que fora recebida a permissão da Justiça Federal houve uma grande comemoração entre os manifestantes, mas, contrariando as leis existentes na Constituição Nacional, a polícia comandada pelos súditos do Rei ACM, não se retirou do local.

Com a chegada do carro da Polícia Federal, os manifestantes ignoraram a presença da PM e começaram a entrar na faculdade de Direito. Num primeiro momento, este ato, continuou em paz. E, na hora do fato, a intenção pacífica dos policiais não foi compreendida. Depois de ter alguns manifestantes no estacionamento da faculdade, os repressores começaram a arremessar bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral sobre os estudantes.

Muitas pessoas saíram feridas pelos estilhaços de bombas e balas de borracha, inclusive estudantes secundaristas.

A secretária de segurança da cidade afirmou em cadeia nacional que os estudantes foram agressivos e contrariaram a autoridade presente. Já não bastava toda a camuflagem dos Meios de Comunicação prostituídos para o ditador!? Mas, para as pessoas presentes no local aquilo foi simplesmente mais uma representação dos atos ditatoriais do amado padrinho da Bahia, Antônio Carlos Magalhães.

Infelizmente, o que aconteceu neste dia (e pela segunda vez em menos de uma semana), só nos mostrou à quantas este Estado anda e o poder obtido por um único homem.

É necessário que os próprios PMs estejam conscientes disso, pois seus filhos um dia serão homens e terão sonhos; e estes sonhos não podem ser destruídos, caso contrário, as esperanças de vida também morrerão.

A Bahia dominada pelo medo, já não é mais a mesma. Apesar das pessoas mais atingidas pela degradação deste governo estão, em boa parte, ao lado de ACM; que trabalha muito bem as suas ações, utilizando até a crença máxima dos baianos à seu favor, a religião.

A juventude se mostra mais ativa política e socialmente, lutando com todas as forças para impedir que a ditadura volte à dominar um povo que já sofre demais com as condições básicas da vida.

Isto deve gerar em nós, estudantes, jovens da esquerda, punks, cidadãos comuns, anarquistas e sindicalistas, mais vontade de lutar contra a violência, a corrupção, a falta de liberdade de opiniões e à favor do respeito mútuo e da tão sonhada paz.

União, compreensão, respeito, igualdade e liberdade!



Abraços,



Um manifestante.

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