Entre o negro e o claro, mas negro que claro.;
Estou eu a ouvir Beethoven, e pedir opinião a alguém.;
Alguém que não sabe ao certo nada, que não diz nada e nada.;
Flui meus pensamentos em direções incertas, como as andorinhas no verão.;
Hibernam no inverno como ursos, pensamentos esses meus, tão somente pensamentos.;
Poderei eu ouvir o que não escuto, falar o que não digo, ver o que não vejo.;
Ironia de vida, morte, rosas. Onde estarás tu? Pobre imortal.;
Vida injusta, tempo passageiro que insiste em passar e passar.;
Oh, por quê não para, assim como Elias parou o sol.;
Maldita perda de tempo, viver sem nada pra viver.;
Vidas incompreendidas, mundo incompreedido.;
Pensamentos dessa vida que não viaja, fica a me pertubar sem ter aonde ir.;
Buraco negro, nova galaxia, estrela sem brilho, sem nada...
Ricardo Melo
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