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Artigos-->Eleições,por que em outubro? -- 16/05/2001 - 23:50 (Jose Antonio Moreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ELEIÇÕES, POR QUE EM OUTUBRO ?





No Brasil é comum um sentimento de angústia e apreensão da sociedade,

especialmente dos funcionários públicos, nos últimos meses de um mandato eletivo executivo.

Para algumas cidades , e não foram poucas, o final das últimas gestões municipais foi motivo

para muito sofrimento. Nas administrações passadas a maioria dos prefeitos concorreu à

reeleição. Grande parte desses prefeitos, após a confirmação da derrota nas urnas, abandonaram

literalmente suas respectivas prefeituras em outubro. A partir dessa data os problemas

acumularam-se (lixo nas ruas, postos médicos fechados, servidores que não receberam salários e

gratificação natalina, etc..,).É desnecessário dizer que o resultado das eleições foi um fator que

influenciou muito para as ordens das coisas. Infelizmente este não é um fato raro em nosso país, é

mais uma regra que uma exceção.

Apesar das últimas leis que visam um certo controle dos gastos públicos, como a Lei de

Responsabilidade Fiscal, Lei Rita Camata, FUNDEF, a lei que limita os gastos da Câmara e

outras, a maioria dos administradores públicos continua gastando mais do que é permitido

legalmente. e fosse o seu. O clientelismo continua, independente do partido político. É comum

nos noticiários casos em que houve desvio de verba destinada à Educação, apesar do FUNDEF.

Hoje, apesar da Lei Rita Camata, a maioria dos Estados ainda gasta mais de 60% do orçamento

com a folha de pagamento de seus funcionários. Muitos prefeitos, apesar de cientes de poderiam

ser enquadrados na Lei de Responsabilidade Fiscal, deixaram os cofres públicos arrombados.

Não estou querendo com minha análise condenar essas leis ou dizer que as mesmas são

inócuas. Estamos ainda caminhando rumo a uma moralização das administrações públicas .

Acredito que as referidas leis se reforcem e são o que se poderia dizer de um “mal necessário”,

mesmo que impostas por organismos internacionais. Entretanto, a real implantação das mesmas é

morosa ; afinal estamos no Brasil. Em nosso país a preocupação dos nossos governantes em

ganhar as eleições infinitamente maior que suas implicações éticas e legais. A visão Maquiavélica

de que “os fins justifiquem os meios” nunca esteve tão presente entre os nossos políticos. Para a

maior parte dos nossos governantes, o importante é ganhar as eleições, o resto se resolve

depois... E como estamos no brasil, conhecido internacionalmente como o país da corrupção e

da impunidade, é fácil para quem vence as eleições administrar os “problemas” que possam

ocorrer.

Para corroborar com o conjunto de leis que foram criadas para um maior controle dos

gastos das administrações públicas, defendo a mudança da data das eleições para o pleito

municipal do mês de outubro para dezembro. A duração dos mandatos até que poderiam mudar,

para que em um futuro próximo, possamos votar em uma única data para todos os cargos

eletivos. Por outro lado, se apenas a data das eleições para os cargos executivos for mudada

para o último mês do ano administrativo (dezembro), teríamos, além das preocupações legais, um

poderoso incentivo eleitoral para os administradores manterem a casa em ordem até o final do

mandato. Afinal, para muitos valerá a pena fazer uma boa administração até o dia das eleições,

uma vez que a continuidade de seus governos estará em jogo. Alguns poderiam argumentar que

se as eleições fossem em dezembro, não daria tempo para um período de transição. Ora,

sabemos que quando o governante está mal intencionado, a Comissão de Transição não

consegue fazer o seu trabalho: as informações que a mesmas precisa são boicotadas.

Eu vou além – defendo as eleições para o dia 21 de dezembro. Até essa data o governo que

concorrer as eleições terá um incentivo maior para estar em dia com sua obrigações trabalhistas e

com a prestação de serviços até o mês de dezembro.







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