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Cronicas-->Morro todo dia sem você saber -- 17/01/2001 - 12:39 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Um toque sutil no dial enseja a magia do rádio. E o ar fica impregnado de ternura. Porque neste exato momento é apresentada uma antiga e sempre bela canção de Roberto Carlos. Ah, suscita recordações de 30 anos, talvez... Quando esse cantor estava na crista da onda (era assim que se dizia) e reinava absoluto, na explosão da Jovem Guarda. Lembro-me bem, braço esticado, dedo em riste, a voz cativante...
- "Nunca mais você ouviu falar de mim
Mas eu continuei a ter você
Em toda esta saudade que ficou
Tanto tempo já passou
E eu não te esqueci..."
Por que esta emoção agora? Imotivada, jamais... Tem sua razão de ser. Nos recónditos do coração, a verdade que não se conta. Imagino que você também age assim, onde quer que esteja. Longe de mim, no tempo e no espaço. Lembranças... Eu partindo para longe, indiferente. Você, amorosa, desprezada. Até nos reencontrarmos um dia, numa esquina da vida. Que maravilha vê-la de novo, cheia de vida e de amor. Mais formosa e fascinante. Disse saber agora que sua felicidade era eu. Eternamente... Quis me telefonar em datas festivas, mas se ocultou nas sombras da solidão. Clamar que estava viva, amando-me. Ah, Roberto. Como é bom ouvi-lo, nos momentos de saudade...
- "...Quantas vezes eu pensei voltar
E dizer que o meu amor nada mudou
Mas o meu silêncio foi maior
E na distància morro todo dia sem você saber..."
Você voltou enfatizando que "longe é um lugar que não existe!" Que um grande amor é infinito. Encantou-me, com suas palavras. Inegavelmente, a mulher da minha vida estivera à minha disposição, porém, na época eu não a reconhecera. Roberto segue cantando. E machuca minha alma...
- "...O que restou do nosso amor ficou
No tempo esquecido por você
Vivendo do que fomos ainda estou,
Tanta coisa já mudou
Só eu não te esqueci..."
Você manifestou vontade de respirar o mesmo ar que eu, lembra-se? Embalado, ofereci-lhe meu império. Mas as coisas não mudam dessa forma...
- "...Quantas vezes eu pensei voltar
E dizer que o meu amor nada mudou
Mas o meu silêncio foi maior
E na distància morro todo dia sem você saber..."
Percebi que poderia perdê-la, declarando-me tão apaixonado. O amor é um jogo. De que adiantaria guardar minhas cartas pela segunda vez? Acumular tanta ternura, sem possibilidade de gastá-la com a mulher da minha vida? Então você compreendeu a triste realidade. Hoje somos outras pessoas. Amei-a na época errada. Você disse que ia sair da minha vida. Até comentou que quando não estava comigo, já não conseguia se lembrar da minha imagem. Prevalecia aquela, entronizada na sua mente, do rapaz de terno. Ah, Roberto Carlos. Que complicados são os caminhos do amor...
- "...Eu só queria lhe dizer que eu
Tentei deixar de amar, não consegui
Se alguma vez você pensar em mim
Não se esqueça de lembrar
Que eu nunca te esqueci..."
Relutei. Por que você voltou, afinal? Cativar-me, na hora errada? Punir-me? Argumentou que dependemos de outras vontades. Decidi facilitar sua tarefa. Afastei-me de vez. Agora para sempre. Apaguei meu rastro nos seus caminhos. Só o Rei sabe dessas coisas...
- "Quantas vezes eu pensei voltar
E dizer que o meu amor nada mudou
Mas o meu silêncio foi maior
E na distància morro todo dia sem você saber".
Quando o vento da saudade bate no meu rosto, também penso assim. Mas me contenho. Por onde você andará, Aline? O que estará fazendo? Será que ainda se lembra de mim? Tanto tempo já passou. E morro todo dia, sem você saber...


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