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Poesias-->EU NÃO SOU MAL... POIS SENTI -- 11/06/2001 - 19:31 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Abri, meu Deus! Eu novamente abri esta página. Como um vício de cigarro, eu vejo a tela e não me detenho a abri. Mas, por cristo! Novidades! Acho que somente em momentos de surpresa eu noto o quanto sou religioso e esse relicário vocal sai. O que? o motivo, senhor ou senhora? Eu vos digo. Milene Arder.



De ante mão eu digo, não irei ofender ninguém e sei bem que vez ou outra faço isso (as vezes para cutucar, as vezes para criticar, as vezes por pura maldade, somos gente... eu também sei ser bom e mal como o ser humano). O objetivo desse artigo é ser uma carta, portanto não dêem a devida relevância se sentir tristeza ao ler.



Eu quero avisar também a mim, a você, a qualquer um que gasta minutos preciosos de sua vida para escrever, seja lá o que for. Um bilhete, uma carta, um palavrão. A palavra tem o poder da intenção. Ela vem teleguiada, maninho! Ela fere e ajuda dependendo dos dedos que a escrevem, das bocas que as proferem, dos olhos que sinalizam.



Agora o motivo: A Sr. Milene Arder é uma pessoa, não um papel cheio de letras que pode ser amassado, rabiscado ou e posto pra fora, nem um arquivo em seu computador que simplesmente se clica com o botão direito e manda pra lixeira (ponto).



Explico: Ao ler seu artigo e sua carta, notei algo que eu considero a mais sincera literatura. Mais forte até que os poemas que andei escrevendo ou até mesmo, mais forte que os poemas que a Sr. Milene Arder escreve.



Eu vi, não uma tela em cinza e amarelo com palavras marrons (vermelho estranho... sei lá, sofro do legado de Dalton.) eu vi uma pessoa:



Um humor ácido como a casca de limão.;

Um sorriso nervoso e de dentes forçados a se fechar, assim como quem segura uma dor ou raiva.;

Eu pude sentir as lagrimas correrem tímidas de seus olhos.



Maldita Milene Arder, deixou de ser um nome. Maldita Milene Arder fez-me sentir o quanto pode ser dura a vida de quem escreve.



Milene Arder, ao chegar do trabalho. Trabalha duro. Tem que atender pessoas. Tem que responder pessoas. Tem que gerenciar pessoas. Tem que cuidar de manufaturas. Tem que dirigir um ônibus. Tem que maquiar pessoas. Tem que escrever discursos. Tem que cuidar de crianças dos outros.



Dia duro de trabalho. O chefe estava nervoso, pobre Milene, descontou nela. A colega de trabalho não faz nada, fica tudo em suas costas. O maldito chefe é um cafajeste, vive cantando e insinuando algo, hoje notou que ele olhava por cima seu decote. O maldito ex-amante trabalha na seção ao lado, ouviu-se pelo biombo vagabundo o quanto ele se aproveitou e, que agora, está livre pra "pegar" aquela moça da Xerox. Um dos meninos de sua sala caiu, sua mãe desesperada achou que você não fez o serviço correto, que você não cuidou do menino que, malcriadamente, disse que iria subir na droga do portão e que você era paga por ele, e que você era pobre... você não deu um tapa nele com a frase mental "é só uma criança". Meu Deus (novamente)! Tudo isso está naquela frase "Hoje foi um dia duro, de trabalho..."!



Milene Arder quase desistiu. Senti na carta que ela fraquejou. Pediu ajuda a um amigo imaginário. "DEUS! POR QUE ME ABANDONASTE" Senti o relicário de uma cena sacra novamente... senti a cruz de escrever. E era ela, Adolf Hitler, Bruno, Surrealista, Pedro, Felix... todos os escritores do usina. Nossa! mil Cristos todos num mesmo calvário, mas os "Cristos" são o também os "Poncio Pilatos", são o "povo a gritar Crucifiquem".

Eu quis um novo personagem, alguém que carregasse a cruz em vossos lugares.



Em seu texto eu notei coisas que não ando buscando e que, antigamente, na época inocente eu dava mais valor. O que o ser humano sente? Eu fiz a pergunta de um jovem iniciante que rimava tonteira e cadeira, mas que se emocionava não, porque tinha sentimentos, mas porque imaginava o sentimento de outra pessoa.



Milene Arder está viva! Viva como alguém que pega ônibus comigo. Viva como o PM que ainda dá baculejo, eu eternamente suspeito. Você sabia que ela pode ter sonhos e sofrer como você? Banal esta frase não! Você sabia que existe outro do outro lado... Auteridade... Surpreso? Você não é mais personagem também. São te perdoados os nossos pecados.



Deixem Milene Arder em paz. Deixem Adolf Hitler em paz. Deixe-se em paz. Deixem-me em paz.









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