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Artigos-->Dia internacional da mulher -- 05/03/2003 - 17:44 (Hamilton de Lima e Souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nada mais justo. Sugeriram que eu escrevesse sobre o Dia Internacional da Mulher, que chega esta semana, no Sábado. Há alguns anos elaborei um texto sobre a data, sob o título "Uma flor para elas".

Só excluí da homenagem Margareth Thatcher, considerada a mãe do neoliberalismo, por questões óbvias.

Mas toda vez que vou abordar o tema acho difícil. Não que seja difícil encontrar mulheres por quem deitar elogios. Tem minha mãe, as mães de meus pais, umas musas perdidas de olhos verdes e castanhos, cabelos longos, Marta Suplicy, Luísa Erundina, Golda Meir, Corazón Aquino, Joana D´Arc, aquelas professoras todas de minha infância, outras professoras também, namoradas que ficaram pelo caminho mas que tinham muitas qualidades, sei lá...

É que toda vez que um homem se refere a uma mulher entram em jogo coisas pessoais. Afeto, carinho, respeito, força de vontade, amor, paixão, desejo, não tem como fugir de algum desses pontos.

Como vou escrever sobre força de vontade sem citar uma mulher como a professora Arneide Cemin, ou a Benedita da Silva? O que dizer de Luiza Helena ou Marina Silva, grandes mulheres políticas? Também não posso excluir Rita Camata ou Madre Teresa de Calcutá. E ao citar um nome esqueço com certeza mais dez ou duzentos. Cometo injustiças sucessivas.

Mas tenho que lembrar necessariamente que o Dia Internacional da Mulher foi criado para homenagear as operárias que foram assassinadas pela polícia de Nova Iorque, que impediram que ela fugissem de um barracão em chamas durante uma greve por direitos fundamentais como salários em dia, banheiros, horário de descanso e algumas coisas mais, todas que fazem parte dos direitos humanos.

É, para lembrar de comprar uma flor para uma mulher no dia 8 de março seria bom que todos os homens soubessem, e as mulheres também, que esta data é mais política do que romântica.

Talvez por isso eu esteja enviando uma rosa virtual para algumas mulheres. Deixo para minha mãe e avós já falecidas, para as musas, para a Fátima Cleide, e para todas as que apanham de maridos e patrões e não conseguem se libertar da selvageria em pleno Século 21. Espero que algum dia os homens estejam evoluídos o suficiente para criar datas que não estejam necessariamente associadas a massacres e atitudes incoerentes.

Quando os patrões e a polícia de Nova Iorque se juntaram para assassinar aquelas mulheres jamais pensaram que estariam liberando gritos de liberdade.

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