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Cronicas-->O Cotidiano da Escritta, ou: Coitado do Luciano Ruck -- 09/10/2007 - 14:53 (Renato Coelho Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O COTIDIANO DA ESCRITA

Sento-me à mesa, miro o computador à minha frente: por onde começar? Como sempre a mesma dúvida, incerteza, tensão.
Mas já comecei, é só continuar.
Hoje levantei pensando nisso: tenho que fazer o texto. Sobre o cotidiano, não consigo imaginar o que seria interessante; o que a mim me interessaria e, talvez, aos poucos leitores que terei?
É sempre assim. E mais perguntas caminham através do labirinto do meu cérebro. Para que escrever? Que desejo é esse que me persegue, a longo tempo? Faço anotações de passagens interessantes que vão cruzando o meu caminho. Ficam ali misturadas aos meus alfarrábios. Leio para tentar inspirar-me.
Será que vale mesmo a pena esse esforço infausto? Se não valesse não buscava, com tanto afinco. Alimenta o espírito.
E, assim, o navio vai, marulhando, balançando a vida.
Ah! de tanto ler, a luz aparece iluminando o cotidiano, por que não? Aí está, o caso Huck. Foi assaltado, perdeu o relógio - valioso, porque foi um presente da sua esposa Angélica. O valor material não importa, é pequeno, só dá para comprar uma casa simples: na favela, claro. Coitado, não ficou satisfeito de sair com vida, agora vai ter que frequentar o psiquiatra, pois quase morreu e se morresse não conheceria seu segundo filho, que já encomendou. Logo ele, que paga tanto imposto, ficar tão desprotegido.
Para aumentar seu sofrimento, a sua neurose, um tal de Férrez, rapper que canta música de pobre, de preto, de puta (não, de puta não, pois elas gostam é de Nelson Gonçalves e Carlos Gardel), vem defender o ladrão.
Mas isso não podia ficar sem resposta. Algum escriba distinto precisava saltar em sua defesa. De preferência um intelectual, que não ostenta riqueza, para não dizerem que é um da elite milionária defendendo o outro. Está aí, Nelson Ascher. E que começo de ensaio! crónica, sei lá. Inicia com uma bela polêmica com Hobsbawn, o renomado historiador marxista. Por que este comunista antinazista não ficou do lado da Inglaterra contra Hitler e Stalin? E por aí vai. Conclui: pela mesma razão que estão criticando o pobre do Huck, que disse que lugar de bandido é na cadeia. Os comunistas podiam prender, torturar e matar, era o Estado a serviço do povo. Aqui, como o bandido é do povo, é excluído, seu lugar não é na cadeia é na rua e, como escreveu Férrez, os dois estão quites: o pobre conseguiu dinheiro para sustentar a família e o Huck manteve o bem mais importante: a vida. Longa vida aos brasileiros ricos! Opa, espera aí! respeito à democracia é bom: Viva o povo brasileiro!

Renato coelho Xavier


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