A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) funcionava, até há poucos anos, como o único laboratório para a experiência de adoção de reserva de vagas para vestibulandos autodeclarados "negros", "pardos" e "índios".
Em seguida, a Universidade de Brasília (UnB) ganhou destaque no noticiário por instituir o método da comprovação por fotografia do direito de disputar, com vantagens, uma vaga no seu vestibular.
A partir daquele momento, aquela universidade firmou-se como um bunker de movimentos negros, de militantes do racialismo que também campeia em Brasília, incrustado no poder.
A mais recente e assustadora iniciativa da UnB é criar bancas de examinação para checar a cor da pele do candidato. Isso porque o sistema das fotos havia sido desmoralizado por ter fundamentado decisões opostas sobre irmãos gêmeos univitelinos aspirantes à s cotas.
Agora, funcionará essa espécie de tribunal racial, de fazer lembrar tragédias patrocinadas pela Humanidade na primeira metade do século passado na Europa.
Uma proposta nada pacífica, as cotas raciais continuam a dividir o mundo acadêmico. E o pior acontecerá caso seja aprovado no Congresso o Estatuto da Igualdade Racial, programa que poderia ter saído da imaginação de George Orwell. Nada mais novilíngua do que chamar de "igualdade racial" aquilo que nada tem de igualitário.
O estatuto, destinado a criar cotas em várias atividades, é peça-chave para se impor o conceito de uma sociedade dividida entre "brancos", de um lado, e "negros" e "pardos" de outro - uma catástrofe histórica para um país que tem todas as vantagens da miscigenação, entre elas a inexistência de tensões raciais.
O debate das cotas transcende, portanto, a Universidade. Ela é um aspecto do problema. Além de tornar relativo o conceito do mérito no ensino, essas políticas de cunho racista importam conflitos e graves questões que costumávamos acompanhar de longe.
Obs.: O sistema de cotas para negros atende a dois tipos de patifes:
1) os racistas;
2) os vagabundos de cor negra, que não precisam estudar para entrar na universidade (F.M.).