O MAR
Renato Ferraz
A noite chegou subitamente, encostei meu pensamento em seu ombro e segui seus movimentos.
Ao olhar para o mar, o vi sereno e confiante! Eu caminhava na areia da praia distraidamente. Andava, parava e observava. Eu ouvia o som das ondas.
Também ouvia o das folhas dos pés de coqueiro,
que o vento insistia em mostrar sua força.
De repente, me deparei com aqueles olhos!
Seu rosto era um céu estrelado.
Ela era bela como o mar. e sorria como o sol.
Sentia o seu perfume que a brisa trazia.
Já não era mais um sonho, ela estava ali,
eu sentia a sua respiração;
éramos ela, eu e o mar.
Onde, de início, tudo parecia diferente,
naquela noite de lua veio-me a intuição:
quem sabe, se de repente
estariam nossos destinos sendo testados?
Havia uma sintonia no olhar,
o corpo sentiu e reagiu.
E não somente isso, o coração consentiu.
A alma entendeu e calou-se, cúmplice.
Nem é fácil assim, mas quando acontece
e a gente quer o clima favorece,
a lua passa a ser só da gente.
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