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Artigos-->U-zine (21) -- 05/03/2003 - 18:45 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A série U-zine é a prova cabal de que leio mesmo qualquer coisa. Não perdoo nem o ‘quadro de avisos’. Ou melhor, só arrisco um olho. Como tudo ali é irresistivelmente instigante, sapeco, vez que outra, uma notinha. Depois dou o fora e me mando para o terrítório da lenda. Há quem diga que eu e Lúcio Emílio de Andrade Vasconcellos do Espírito Santo Guerreiro contra o Dragão da Maldade Junior desempenhamos tarefas mutuamente agendadas. Há quem ache os textículos dele incrivelmente iguais aos meus. Quem me dera ser o autor de "Do grunge ao new-wave", o texto mais lido do site! Boquirrotos dizem até que seríamos uma só e mesma pessoa. Será que ainda chegaremos a Santíssima Trindade Usineira? Quem se candidata? Bem, o "U-zine (21)" aí está. Comam do biscoito grosso que - juntos, não há negar - fabricamos.







1

Um chat nunca esteve entre as minhas aspirações. O quadro de avisos ganhou contornos através do uso. Com todos os desconfortos e abusos do anonimato, bem ou mal vamos determinando "democraticamente" a nossa convivência.



[Porque já começava a despontar um patrulhamento sobre o uso do ‘quadro’. Cheguei a receber intimações para que passasse a freqüentar

o ‘chat’. Nem que a vaca tuja e muja!]







2

"Ah, os velhos carnavais!" Confira a paródia de uma das marchinhas mais famosas daqueles outros tempos: "A noite é linda no cemitério, duas caveiras namorando a sério".



[Em letras de música .]







3

Que peninha, sr. Espinhosa, não costumo ler textos que trazem o meu nome no título! Apenas muito raro em raro. Mas sempre haverá algum interessado em me ver "adorado pelo avesso". Torço por você e pela filosofia analítica.



[Depois de ler um título, mas só o título, que juntava o meu santo nome em vão com a filosofia analítica, de onde, presumo, terá vindo a inspiração para o pseudônimo do sr. Penfield, esta "lesmolisa touva" cheiiinha de ademanes, maneirinha na escrita, mas soltando veneno por todos os póros.]







4

Palavra puxa palavra: IDÉIAS E INTERESSES INCULTOS.



[Depois de ler um título, repetido ad nauseam no quadro todos os dias: IDÉIAS E INTERESSES OCULTOS.]







5

Para LAO

(não para MAO)

DEUS

era o TAO







6

Enquanto eu digitava um poema sobre o TAO, em "Teologia da Esculhambação (62)", aqui também se falava da China, onde, acho melhor citar a frase na íntegra: "A carga horária chega há 12 horas por dia." [sic].







7

Um bom momento do Mingão: "Que bom que na China tem muito trabalho para todos. Aqui, alguns dão muito trabalho".







8

Pronto, lá vem chumbo, ou melhor, cortiça. Já posso ouvir o espoucar da espingardinha giratória. Mais um daqueles textos tipo "Ao mestre, com carinho"? É claro, sem perder o bom humor, jamais. Terá leitores?



[Sobre a minha pergunta final, eu mesmo já tenho a resposta: O pior é que sim. O filme também poderia se chamar, pensando num dos recursos mais criminosos do futebol: "Ao mestre, com carrinho".]







9

Ectoplasmático Pafúncio, já estão dizendo que você era uma entidade tão boa, sabe como?!



[Depois de saber do passamento do emérito P. S. T. U. e de sua pronta ressureição no site como ‘O Fantasma de Pafúncio Salézio Tenório Urlândio’.]







10

É carnaval. O carinha veste sua fantasia favorita, a de homem-sanduba. Mas, só anuncia obras completas. As suas, é claro. E achei mesmo "de arrepiar" essa nova metamorfose: PIARELLO. Engenhoso, não há negar.







11

Comovente auto-retrato, não há negar.



[Transcrevo agora o texto que julguei um comovente auto-retrato : "Carnaval, barulho, bombas... Cusco enrodilhado sob a mesa, cagando de medo, espiando... E não é que o jornalista (pobre Capitalismo!) envereda agora para o escorregadio terreno do miniconto hilário (o Zocca que se cuide, e a miniliteratura idem)?!]







12

Genial, não há negar, esse O Fantasma de Pafúncio Salézio Tenório Urlândio . Da tumba, machadianamente, ele lança o menor miniconto jamais escrito: "Eu morri!!!" Os três pontos de exclamação são uivos horrorosos de alma penada.







13

Menor ainda: "E". O romance "Os Zangões", de Peter Handke, termina assim. Já "Bem-Aventurada Infelicidade" termina com "Mais tarde hei de dizer sobre tudo isso algo de mais preciso".



[Depois de ‘O Fantasma de Pafúncio Salézio Tenório Urlândio’ ter superado a sua marca, lançando, no calor do átimo de instante, mais um conto mínimo: "EU".







14

Quem diz "já volto", deveria manter o quadro minimamente informado, caso deva permanecer ausente por muito tempo. Do contrário, a gente fica meio sem saber o que fazer, tá ligado? Bate um desespero daqueles!







15

Dizer que os EUA cederam à "ganância" é, no mínimo, simplista. É claro que há muito mais coisas em jogo. Já faz um bom tempo que a informação não nos chega a tempo e inteira. De todos os lados. Sejamos razoáveis.



[Os debates usineiros melhorariam, e muito, se os debatedores se pusessem a ler um pouco mais sobre os temas em questão. Não só melhorariam em qualidade os debates, como também, e isso seria muito bem recebido pelos demais, diminuiria drasticamente a quantidade de salivação que inunda todos os escaninhos do ‘quadro’. Mas os caras preferem ficar fazendo essa pose patética de jornalistas atentos, confiando em seus "piques estapafúrgios"!]







16

Puxa, quanto empenho na defesa do CAPITALISMO! Os pobres capitalistas indefesos devem estar pra lá de comovidos.







17

O nosso camarada fantasminha botapafuncioná em "Contos de Terror! A volta de Pafúncio". Além de se assumir como fantasma e trash, virtude rara nos dias usineiros que correm, ele tem um pique bem estapafúncio . Demais!







18

O meu revisor está despedido. Confiram o que ele cometeu aí abaixo: "Até agora só se viu descrições e propaganda do comunismo [...] Mas, seja quaisquer das drogas [...]" Coitado do Capitalismo!



[Não é que o cara não domine o vernáculo, não é isso. Afinal, é um jornalista, sabe como? Acho que é puro desmazelo! Ou talvez o cara, de natureza nobre, gaste todo o tempo na leitura e revisão dos meus textos, sei lá. Ou fazendo linkinho, pois nem todos têm grana para anunciar no "melhor lugar do site".]







19

Aliás, voltei a receber recados indecorosos, preocupados em me lançar no submundo do autopatrocínio. Outro dia, o Torre da Guia sugeria a existência do "auto-clic". Não sei se terá se estendido a respeito.







20

"A morte de Stalin, em março de 1953, foi o fim de uma época. Mesmo seus últimos dias foram marcados pelo medo e pela desconfiança."



[Nos próximos dias, depois da leitura e revisão do CARLOS POMPE, passo a publicar a tradução de uma longa série escrita por Christian Schmidt-Häuer para o Die Zeit, 10/2003. Sob o título CAMARADA DEUS, o jornalista discorre sobre os últimos dias de Stalin.]







21

Em fase de conclusão, a tradução de matéria sobre a PROPAGANDA COMUNISTA, escrita por Boris Groys para o Die Zeit, 10/2003. A chamada diz: "50 anos depois da morte de Stalin: Por que, já naquela época, a arte só queria ser estilo de vida?"







22

Às vezes, o MARCELO COELHO (Folha Ilustrada) dá sinais de que já recebeu [como me disseram] e poderá voltar a receber [a multidão dos fãs aguarda impaciente] aquele espírito de porco maravilhoso que era o VOLTAIRE DE SOUZA. Foi assim no artigo de hoje. Título genial: "A organização complicada do simples ato de voar". Ele comenta, na verdade, as fotos de Claudia Jaguaribe na exposição "Aeroporto" (Instituo Tomie Ohtake). Até me teria passado despercebida a última frase do terceiro período, que diz: "Nenhuma falação a respeito do prazer que tinham em me ter a bordo". Mas a primeira frase do período seguinte já pedia perdão pelo trocadilho nela embutido. Fui obrigado a voltar no texto, para, só então, soltar a gargalhada que ela bem merece: "Nenhuma falação a respeito do prazer de me ter a bordo".







23

Um pouco mais adiante, quase perdi o fôlego:



"Outra coisa agradável dos aeroportos é que neles se experimenta certa igualdade social. Prenuncia-se um pouco o ambiente dos países desenvolvidos que iremos visitar. Diferenciados pela nacionalidade, pelos distintos graus de informação a respeito do embarque, pelo trajeto, pela companhia aérea, até mesmo pela "classe", se turística ou executiva, o fato é que todos partilhamos de uma condição econômica, de um status social comum. É o que faz a aeromoça nos oferecer, durante o vôo, uma taça de vinho branco (ruim ou bom, que importa?) e não cynar, rabo-de-galo ou tubaína. Já é socialismo, ou está perto disso.







24

E vamos ao último parágrafo:



"Na outra sala da exposição, projeta-se o filme de uma gigantesca turbina de avião girando em silêncio. O que há, na verdade, é uma ambientação sonora muito leve, feita de sons típicos de aeroporto (como as mensagens da Infraero ou o vaivém das portas automáticas), só que ouvidos muito de longe; do alto; pensei que talvez os anjos, com um sorriso, percebam desse modo toda a nossa correria, todos os esforços humanos, toda a ciência e organização que nos custa o simples ato de voar".







25

Por menos que o queiram alguns, às vezes o jornalismo esbarra, sim, na grande literatura. Os artigos de MARCELO COELHO, às quartas-feiras, na Ilustrada da Folha, dão prova disso. Em tempo, eu compraria um volume com os minicontos de Voltaire de Souza.





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