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Cronicas-->Sozinha na multidão... -- 18/01/2001 - 17:30 (Rosy Beltrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu me propus a fazer diferença ao mundo...
A mudar o que posso, a melhorar tudo ao meu redor.
Não por orgulho ou presunção,
mas pelo prazer de me sentir bem,
por experimentar a delícia de saber
que disse ou fiz algo importante
e que mudou alguma coisa em alguém,
seja o modo de falar...de vestir...
de sentir...ou mesmo de amar...
mas sobretudo o modo de pensar...
num verdadeiramente subjetivo e excêntrico
"erguer" de almas...
para não dizer: louca , psicopata, neurótica
maneira de agir e de pensar...
minha, individual...sozinha...única).
De percorrer a vista e saber "ver"
os outros de modo diferente,
de apreciar sob a perspectiva do outro,
saber o porquê de suas reações e com isso alterar,
transformar...construir,
resgatar indivíduos que tem grande potencial,
mas que se perdem em seus pensamentos mesquinhos...
comuns à coletividade insana e demente...
pensamentos de ódio e rancor...
de palavras amargas e de extrema violência,
muitas vezes gratuitas...olhares de revolta...
porque alguém ultrapassou seu carro...
fique imaginando os pensamentos que circulam pela cidade...
Você já parou para poder escutar pensamentos?
Posso dizer que já escutei
mais do que gostaria de ouvir...
Você já parou par olhar o semblante das pessoas
que passam pelas ruas?
Sentou-se em um banco,
daqueles na cidade,
e ficou olhando todos correndo
de um lado para outro?
Viu alguém de mão dada
que não fosse um jovem casal de namorados?
Viu crianças brincando sossegadas,
com lindas bolinhas de sabão,
vendidas por aqueles camelós...
sem que as mães não lhes desgrudassem das mãos,
porque senão algum maluco o leva para ser
"adotado", senão para ser "esquartejado"
num transplante digno de um filme
de Alfred Hitcock piorado
nas telas dos filmes de hoje em dia,
em que o sangue escorre pelas paredes???
Ou as metralhadoras dão mais tiros
que a velocidade do som nos possa permitir a ouvir?
Parou para ver o noticiário?
Tem alguma notícia boa,
que não sejam escàndalos, assaltos...
assassinatos?
Ou que alguém do serviço público,
que deveria servir ao bem comum,
que roubou uma população inteira...
população essa, que é pobre e miserável,
que não tem acesso à educação, à saúde,
a uma vida digna...
contribuição aquela, que saiu do dinheiro
que ele ia comer à noite
ou dar um remédio para o filho doente,
ou de seus indigentes trocados
para a passagem de ónibus que estão lotados...
de trens que tem pingentes nas laterais
ou em cima deles, os surfistas?
O que eu penso é em mudar o que está aqui...
ao meu lado...e talvez, do outro lado...
aquilo que eu posso ver...posso tocar...
já tentei ir lá de cima...já estive lá...
e diria que é muito mais triste
do que ver uma criança doente...
porque a criança você pode levar ao Hospital
e alguém pode curá-la...
mas honra, dignidade, honestidade,
humildade, amor ao próximo...dedicação,
desapego... não se consegue impor ou ensinar...
e a maioria, a que está "em cima e por cima"
não sabe sequer o significado dessas palavras,
não faz idéia do que é ter,
cada uma delas em sua personalidade...
elas constam simplesmente dos discursos...
porque surtem grande efeito nas massas...
mas na verdade,
são grandes desconhecidas da maioria...
nem sequer chegam perto de suas almas...
Lembram-se delas unicamente no momento extremo...
o de suas mortes..e pensam: vou ser julgado...
"Ah Meu Deus... tenha pena de mim... arrependo-me"..e blá blá blá...
Falando em Deus,
já viu os discursos dessas novas
seitas eletrónicas???
- "Venham meus irmãos...Deus está pedindo...
contribua aqui para a sua salvação" ...
É no mínimo cómico,
como se Deus fosse pobre
e precisasse o dinheiro do aluguel do coitado...
E o pior!...
o pobre coitado paga para um "crápula"
lhe dar a esperança de uma oração...
Bom...vendo tudo isso e parando para pensar,
analisar... o que eu, pobre criatura posso fazer? Diante desse gigante "farfalhar" de problemas?
Vou deixar a maior parte com quem de direito...
Deus...
mas acho que posso ajudar numa pequena parte...
fazer de mim mesma um exemplo,
de sentir e de me exprimir...
em palavras e atitudes...
então nada de eu "odeio"...
aliás é uma palavra,
que não existe no meu vocabulário
e jamais em meu coração...
a proposta é que minha existência faça diferença...

Rosy Beltrão
18/01/01
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