Há um conflito, várias pessoas discordam acerca de um tema, mas, ninguém quer abrir mão de suas convicções. Assim se inicia a guerra.
Todos lutam entre si para demonstrar que estão com a razão. Os líderes traçam planos, contudo, no fundo são egoístas, pois pensam apenas em seus ideais, não se preocupam em quantas vidas serão perdidas.
Para colocar suas estratégias em prática, envolvem uma multidão... inocentes que nada têm a ver diretamente com a questão em discussão. Logo morrem milhares de civis, são destruídas cidades, uma população inteira.
O sangue derramado satisfaz o vencedor. Só então, percebe-se que o motivo era insignificante, não era necessário exterminar ninguém, bastava simplesmente entrar num acordo, encontrar uma solução adequada. Porém, em sua opinião, vencer é matar, é eliminar os obstáculos do caminho, provar que é o melhor. O chefe de uma nação deve defender o seu povo e, por isso, não terá que prestar conta a sua consciência. No entanto, embora equivocadamente, tenha a certeza de estar agindo corretamente, de alguma maneira virá a cobrança por seus atos inconsequentes. Porque entendemos que é impossível consertar o mal causado: o estrago foi devastador.
A consequência da guerra fica enraizada na alma, no trauma de quem a viveu, nas imagens do antes e do depois da decisão irrevogável.
© Rosimeire Leal da Motta.
OBS.: Esta crónica faz parte do livro:
"Voz da Alma" - Autora: Rosimeire Leal da Motta
Editora CBJE - RJ - Novembro/ 2005 - Poesia e Prosa.
Página Pessoal: http://www.rosimeiremotta.com.br/ |