A memória fraca da gata velha
Fernando Zocca
A ànsia, a aflição, a angústia de provar que um ponto de vista, mesmo sabendo equivocado, está correto leva-nos a cometer alguns erros crassos. Nosso orgulho, a empáfia, a soberba excludente dos egoístas é o motor dessa cegueira louca, teimosa.
Às vezes não acreditamos no que vemos mais por incapacidade limitante comum à senectude do que por inteligência para contestar os velhos textos médicos ultrapassados.
Engana-se, e muito, quem pensa ser irreal o consórcio entre classes que objetivam a perenização no poder de um determinado local. Há lugares singulares onde, por exemplo, a classe médica associando-se a determinada seita e juntamente com a imprensa local, influi agindo em prol da manutenção do poder político.
A troca de informações entre esses organismos determina o material favorável (pode ser até injusto) a ser difundido em favor da mantença do poder. Aqueles que assim agem, pensam mais em si próprios, na satisfação de seus anseios do que em executar as ações pertinentes aos cargos conquistados.
O reconhecimento dos erros e equívocos equivale a perda de credibilidade e consequentemente da autoridade para o mando. Por isso esses espíritos loucos e danosos enganam, publicam inverdades, dão como verdadeiros fatos inexatos e procuram lançar a opinião pública, contra os que lhes ameaçam a hegemonia política.
Essas mentes doentias, psicóticas, crêem nas assertivas de Joseph Goebbels, o Ministro de Informação e Propaganda do III Reich, que dentre outras loucuras disseminava tornar-se verdade a mentira repetida mil vezes. Se fosse mesmo correto isso, os nazistas não teriam o fim que tiveram.
O pensamento desses espíritos baseia-se em sofismas. Iniciam suas conceituações, enganados, sobre dados falsos, mas diante da verdade, não a reconhecem por significar isso a perda de prestígio e o reconhecimento da ignorància estúpida. Falta humildade à essa súcia que se julga ímpar na posse do conhecimento.
Podemos atribuir à subnutrição cerebral, a memória fraca e a incapacidade para adaptar-se à situações novas, mediante reestruturação dos dados perceptivos, observados na gata velha?
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