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Cronicas-->Tempo bom aquele... -- 18/01/2001 - 18:23 (Rosângela Scheithauer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tempo bom aquele...

(Rosàngela Scheithauer)


Vocês também, como eu, têm aquela música especial que sempre os transporta para a infància ou juventude? Devem ter, pois a música é poderosa, arquiva-se em nossa memória e nunca mais sai. Não me lembro se foi Nietzsche ou outro compositor a dizer: "Sem música a vida teria sido um engano".
Quantas vezes me transportei anos na vida ao ouvir músicas relacionadas ao passado. John Lennon é um dos que me leva aos tempos dos doces 16 anos, calça boca de sino, camiseta curta mostrando o umbigo, roupas psicodélicas da era hippie. Cantava a canção "Imagine" sem entender um "a" de inglês e a sabia de cor! Aliás, ele sempre foi meu grande ídolo, tinha um caderno de capa dura onde colecionava suas fotos. Sentia verdadeira paixão por John e quando o via abraçado a Yoko cortava-a fora.
Na época possuía uma vitrola de rotação, hoje deve ser peça de museu, onde ouvia repetidamente as músicas de seu LP, sendo "Imagine" a mais tocada. Minha querida avó (leiam minha crónica "A minha vó") chegava a brigar comigo dizendo: "Fia, chega de ouvir sempre esse "pipo" - referia-se ao "people" quando eu cantava "imagine all the people..." centenas de vezes seguidamente.
Quem nunca ligou um fato de sua vida a uma trilha sonora? Quer coisa melhor do que ligar o rádio e ouvir aquela canção predileta? é como se o cantor nos dissesse "bom dia, coração"!
Nada mais romàntico do que estar em um restaurante jantando à luz de velas ouvindo canções de Toni Benett ou Frank Sinatra. Não precisaria de caviar ou champagne para acompanhar, bastaria macarrão, vinho e a música para fazer da noite um evento especial.
Quantas vezes nos engarrafamentos coloquei meu CD favorito (atualmente é o do Bocelli) e me deixei levar pelos sons de pura magia fazendo-me esquecer do caos lá fora.
Até mesmo as canções infantis marcam, como aconteceu outro dia em Attersee, um dos mais belos lagos da Áustria, repentinamente ouvi alguém cantando o "Nana nenê que a cuca vem pegar". A principio achei estar sonhando, não era possível alguém na Áustria cantar o "nana nenê", estávamos em um restaurante e, para minha surpresa e alegria, deparei com uma brasileira de Recife, casada com austríaco, cantando para seu bebê dormir. Quase chorei de emoção! Cantei a mesma canção tantas vezes para meus filhos!
A música nada tem a fazer com limites, simplesmente chega e se aloja dentro de nós, sem algemas nem paràmetros. Como na arte, música é questão de gosto, não deve ser discutida, pois cada um tem seu gênero predileto.
Sim, Nietzsche ou seja lá quem disse "sem música a vida teria sido um engano" tem toda razão. Não somente um engano - não seria vida!
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