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Cordel-->falandodi Musicalidade -- 27/04/2002 - 09:19 (Zé Limeira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
quarqué tipo di puisia qui num si pode cantá ô ricitá, pruquê um dos verso (Línha) persiza sê lido di novo. tem qui sê accorrigido, pruqê tem defêito na metríca sônóra.



Mi sinto dismoronado,
Cum minha alma pirigrina,
Promodi qui nessa uzina,
Tá tôdo mundo intocado,
Num cagam mais valêntia,
Cuma no primêro dia
Qui fiquei té animado.

Tôdo mundo mutivado
Fizéro tanta arrilia,
Cutucáru a infermêra,
Arrômbáro minha fía,
Sodômaro minha neta,
Minha muié, véia i quéta
Distrumpáro nêste dia.

Fizéro uma ingrizia
Modi mi izócizá,
Si ajuntáro num magote,
Cuma um bando di frangote
Modi mi dá uma piza
Mais tudo di cara liza
Si mandaro nu pinote.

Será qui só tem fracote,
Nêsse fôro da Uzina?
Qui num pissui argumento,
I véve quiném jumento,
Dando murdida no Á?
I na ora di cordelá
Sapeca coice no vento?

É mió tumá alênto
I vim lá di quarqué jêito,
Furando reto prudênto
Seje bem feito ô má feito,
O verso cum qui arpéje,
Adispôis nóis acorréje,
Tirândo tôdo defeito.

Só mode dá o inxêmplo,
Eu fiz êsse sete péiz,
Do jeito qui fêz Moizéiz,
Cum uma boa qualidade.
Cada quá maiz diferente
Maiz quém recita num sente
Pôiz tem musicalidade.

Quando si faz um poema
Qui num si conseguí Lê,
Pruquê ele freia o recito,
Percisa de o reincrevê,
Mêrmo qui seje bunito
Ô vai ficá exquizito
Quiném o do Lumunê.

Seje benvindo Lumunê , preste atenção no qui eu dizêu, qui logo vai tá pelejando cum êsse prêto véio do Tauá, quitém o fôigo di sete gato.

Zé Limêra

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