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Contos-->O PULSO AINDA PULSA. -- 30/05/2001 - 00:25 (Rodrigo Leal Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Era um dia muito bonito, mas que reservava uma surpresa para todos.
Esta história se passa em uma cidade do interior do Mato Grosso, onde eu estava com minha família em uma daquelas reuniões que acontece todo ano. O famoso NATAL.
Bom, vou contar o que aconteceu naquele dia.
Eu fui um dos primeiros a acordar ( não foi prá ver se encontrava Papai-Noel, sabia que ele já havia passado). Levantei da minha cama e fui direto para a cozinha ver se alguém estava acordado. Quando cheguei vi que alguma coisa havia acabado de sair por outra porta da cozinha, uma porta que dava direto para varanda dos fundos. Ainda estava escuro e eu não tinha acordado direito, por isso pensei que não fosse nada. Tudo bem, fui ver se a porta da frente estava aberta e novamente me pareceu ter visto alguma coisa. A curiosidade já não cabia em mim e fui abrir a porta. Perguntei se havia alguém ali, mas nada de resposta. Comecei a ficar intrigado com aquilo. Resolvi sair de casa para olhar melhor o que estava acontecendo. Lembro-me como se fosse agora, que uma pessoa, ou melhor, uma velhinha apareceu na minha frente, toda de branco, com cabelos longos que passavam da cintura. Perguntei se precisava de ajuda e ela simplesmente disse que naquele momento não. Virou as costas e saiu. Ou melhor, deu uns três passos e simplesmente sumiu ( não é ficção).
Eu realmente não entendi e pensei que ainda estava dormindo, pois sabia não ser possível alguém desaparecer assim como aquela simpática senhora. Fiquei imóvel por alguns minutos e quando resolvi me mexer pareceu que algo me impedia. Fui sentindo uma dormência nos pés, nas pernas e quando dei por mim estava eu no chão sem poder me mexer. Nem de olhos abertos consegui ficar pois uma luz forte me cegava, e não foi possível resistir.
Não sei quanto tempo exatamente se passou. Consegui entreabrir meus olhos e lentamente fui conseguindo identificar algumas imagens. Foi aí que percebi que minha família me cercava com lágrimas e prantos. Alguns me chamavam, outros perguntavam a mim porque havia feito aquilo com eles. Só que nenhum estava querendo escutar respostas, como se eu não pudesse responder!
Realmente fiquei feliz por saber que todos ali choravam e chamavam por mim, estava tão entretido que não quis levantar daquele caixão que haviam me colocado. Além de confortável, tinha uns ornamentos muito interessantes na tampa que se encontrava encostada na parede da frente.
Resolvi ficar ali para saber quem realmente gostava de mim e o que eles iam falar. O tempo foi passando e ninguém se afastava. Fiquei observando o desespero da minha mãe e a contenção do meu pai. Minha mãe não saia de perto de mim, mal dava para eu respirar.
Quando pensava que eles iam embora, chegava mais gente para dar “os pesares” aos meus pais. Coitados, já tinham tantos pesares, ainda recebiam os dos outros.
Não estava agüentando mais, estava muito cansado louco para mudar de posição, quando peguei no sono...
Era a última coisa que deveria ter feito na vida.
E realmente foi. Eles fecharam o caixão sem me consultar. Agora estava eu realmente preso e sozinho. Quer dizer, quase sozinho. Não é que apareceu aquela velhinha no meu túmulo! Assustado, perguntei o que ela queria de mim? A senhora apenas sorriu e disse:
- Mais nada!!!
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