A estratégia é parte da ciência militar, que concebe o plano de operações de guerra, assim define o dicionário. No cotidiano também podemos montar estratégias diante de várias situações. Tanto mais que atualmente nas grandes cidades vive-se em permanente estado de guerra com freqüentes assaltos a mão armada.
Para estudar o tema “Estratégia – nunca acabarão a doença, a fome e a guerra”, o Centro de Auto-Educação Vitalícia de Pernambuco promoveu o seu XIV Seminário, de 9 a 13 (de maio), depois de muita hesitação e dificuldades. Para a abertura trouxe de São Paulo o ilustre escritor e professor Tomio Kikuchi, proferindo três conferências em diferentes auditórios: Universidade Católica, Universidade Federal e Sindicato dos Trabalhadores em Educação. Os temas foram: “Fonte de Esperança – como fortalecer a autoliderança”, “Deserto Verbal – indialogavel, incomunicável, inconfiavel” e “Guerra Familiar – esgotamento do diálogo confiável”. Durante sua estada no Recife, o prof. Kikuchi concedeu entrevistas as Tvs Globo e Guararapes e Rádio Universitária. A divulgação do evento foi complementada com diversas notas no Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, além de cartazes coloridos, folder e volantes, com apoio da Prefeitura da Cidade do Recife, por gentileza do prefeito João Paulo.
A exposição do assunto principal ficou a cargo do psicólogo Pitágoras de Oliveira Machado, representando o Centro Internacional de Educação Vitalícia.Nas manhãs do sábado e domingo ele detalhou o tema, lembrando que “estratégia é a arte de viver. Um bom exemplo de flexibilidade e estratégia é o surf. A estratégia do surf não é ideológica nem intelectual; é prática, concreta e espontânea. Se a estratégia não funciona espontaneamente, não tem utilidade nenhuma” – complementou. Pitágoras disse ainda: “No meio das três crises mais importantes da humanidade, a doença, a miséria e a guerra, é preciso uma prancha, uma alavanca potente para não afundar. Todo mundo está em crise, seja individual, familiar, cardíaca, econômica ou internacional.” Ele lembrou que só o ser humano desenvolveu o cérebro, esclarecendo que sabedoria vem de sabor. O sabor é acentuado pelo sal no cozimento dos alimentos. Por isso, a maior catástrofe para o ser humano foi a realizada pelo cozimento dos alimentos. Com o desenvolvimento da culinária surge então o doente e o remédio” – concluiu.
A cozinha do seminário – coordenada por Albanita Almeida e ConsueloTomazini – funcionou a todo vapor. Um batalhão de mulheres (tagarelas) desdobrava constantemente os ingredientes para dar forma aos saborosos pratos, que desta vez não sofreram atraso. Eduardo Montenegro comandou os exercícios de aikido e ritmoprática, alem de colaborar na coordenação do seminário e fazer palestra. Outros oradores foram Hildelarques Silva, Ivanildo Cruz e João Green , Consuelo Tomazini e Maria Araujo representantes femininas. Colaboraram ainda: Adolfo Neto, Maria da Guia de Santana e Estelita Vitorino, que vieram de Maceió, João Pessoa e Garanhuns, respectivamente. O evento teve novamente a valiosa colaboração de José Olímpio (Corisco) e seus alunos de capoeira, que fizeram aplaudida demonstração. A pressa dos seminaristas retornarem logo após o jantar de confraternização frustrou o programa musical. Fica para o próximo encontro.